Há sete anos recebi o diagnóstico de depressão e há um ano tomo medicamentos. Ao relatar meus sintomas à psiquiatra fui chamada de mimada e outras coisas. Disse que não havia remédios no mundo para me curar e que só um psicólogo resolveria meus problemas. Senti humilhação e preconceito.
Ester, 29, professora.
Atrás de um profissional há um ser humano e talvez ela seja uma exceção. O mais importante é o que sentiu.
Na cura da depressão o tratamento deve ser multidisciplinar. O depressivo vê o mundo de forma distorcida, esperando dos ‘responsáveis’ mais do que podem dar e esforçam-se menos do que deveria.
A depressão não é apenas uma questão de neurotransmissores. Esta é uma das diferenças entre os tratamentos médico e psicanalítico.
O diagnóstico recebido parece-me o mais perigoso de sua queixa. Ele se cola em você de tal forma que assume ser a própria doença. "Eu sou a depressão", poder-se-ia arriscar. Enfrentará mais dificuldades na cura. Medicamentos lhe retiram a responsabilidade por seu sintoma, passando a idéia de cura sem implicação de seu desejo.
Sou da opinião que a médica a provocou em sua honra, pois depressão está intimamente ligada a ela. Alienado de si o depressivo percebe um mundo irreal. Posiciona-se como vítima e um profissional dificilmente será seu cúmplice. Se não estivesse medicada talvez vivesse outra situação.
Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br
Ester, 29, professora.
Atrás de um profissional há um ser humano e talvez ela seja uma exceção. O mais importante é o que sentiu.
Na cura da depressão o tratamento deve ser multidisciplinar. O depressivo vê o mundo de forma distorcida, esperando dos ‘responsáveis’ mais do que podem dar e esforçam-se menos do que deveria.
A depressão não é apenas uma questão de neurotransmissores. Esta é uma das diferenças entre os tratamentos médico e psicanalítico.
O diagnóstico recebido parece-me o mais perigoso de sua queixa. Ele se cola em você de tal forma que assume ser a própria doença. "Eu sou a depressão", poder-se-ia arriscar. Enfrentará mais dificuldades na cura. Medicamentos lhe retiram a responsabilidade por seu sintoma, passando a idéia de cura sem implicação de seu desejo.
Sou da opinião que a médica a provocou em sua honra, pois depressão está intimamente ligada a ela. Alienado de si o depressivo percebe um mundo irreal. Posiciona-se como vítima e um profissional dificilmente será seu cúmplice. Se não estivesse medicada talvez vivesse outra situação.
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