O SIGNIFICADO DO CORPO (II)
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O corpo do homem é seu pensamento |
O corpo masculino se constitui diferentemente do feminino. Não me refiro à sua anatomia, mas especialmente em seu significado. O corpo do obsessivo abstrai-se em seu pensamento, intelecto; a histérica tem no corpo físico o representante fálico. Seu falo é o corpo como um todo. Essa dicotomia é indicativa de muitas divergências entre os gêneros.
Uma de suas evidências é o caráter exclusivo no feminino. Não se compara uma mulher à outra. “Você é linda como a Ana Paula Arósio” seria imperdoável. No entanto, os homens até se agradam com elogios comparativos: “Esse rapaz é um Einstein” é um elogio e tanto.
O pensamento do obsessivo é o que sustenta seu narcisismo. As crises conjugais refletem bem isso. Ele calcula, reflete, pensa no que deu errado, já que tudo fora milimetricamente planejado. Por quê? Onde está o erro? A auto-reflexão é, muitas vezes, a base do narcisismo.
Nos primórdios da infância o obsessivo teme a castração por entender, de alguma forma, o caráter incestuoso de seu desejo edípico. Esse temor o conduz a sucessivos cálculos para reduzir a angústia emergente. Isso se perpetua por toda sua vida. De forma oposta, sendo castrada em sua natureza, a mulher tem no corpo o seu falo. Não teme a perda de um membro, mas se sabe constituída por uma falta. É a percepção da falta que faz da mulher muitas vezes um ser voraz, insaciável, nunca satisfeito.
Uma de suas evidências é o caráter exclusivo no feminino. Não se compara uma mulher à outra. “Você é linda como a Ana Paula Arósio” seria imperdoável. No entanto, os homens até se agradam com elogios comparativos: “Esse rapaz é um Einstein” é um elogio e tanto.
O pensamento do obsessivo é o que sustenta seu narcisismo. As crises conjugais refletem bem isso. Ele calcula, reflete, pensa no que deu errado, já que tudo fora milimetricamente planejado. Por quê? Onde está o erro? A auto-reflexão é, muitas vezes, a base do narcisismo.
Nos primórdios da infância o obsessivo teme a castração por entender, de alguma forma, o caráter incestuoso de seu desejo edípico. Esse temor o conduz a sucessivos cálculos para reduzir a angústia emergente. Isso se perpetua por toda sua vida. De forma oposta, sendo castrada em sua natureza, a mulher tem no corpo o seu falo. Não teme a perda de um membro, mas se sabe constituída por uma falta. É a percepção da falta que faz da mulher muitas vezes um ser voraz, insaciável, nunca satisfeito.
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P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br