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Grávida do ex-namorado, usuário de drogas |
Retomei um namoro da infância (10/12 anos) e em pouco tempo estávamos íntimos. Ela havia se separado há quatro meses. O ex é usuário de drogas e tentou me matar. Mudei-me com ela para longe sem registrar queixa policial. Já retornamos sem riscos, mas ela está grávida dele e ele só quer os direitos de pai.
Não sei se o que sinto é amor, compaixão, pena. Não tem quem a socorra, grávida, morando em casa com minha mãe. Desejo vê-la feliz, mas não acho que seja comigo e me sinto responsável por ela. Tentei terminar, mas a vi fragilizada e sem rumo. Não me contive e reatamos. Estou confuso e contra a parede.
Airton, 19.
Porque se sente responsável pelos tropeços da vida dela? Que participação teve nas decisões que ela tomou na vida? A culpa e/ou responsabilidade que carrega estão intimamente associadas ao grau de envolvimento com ela, a contar da infância. Na mesma esteira aparecem indícios de sua relação com a função paterna (pais) calcada na culpa.
Após a tentativa de homicídio foge levando-a consigo demonstrando uma atitude paternal, de zelo. Estou buscando uma nomeação possível ao seu gesto que se repete ao tentar romper o relacionamento. O recuo da decisão se funda em sentimentos de culpa, indo de encontro com seu desejo.
A tendência é reproduzir com ela o tipo de relação que um dia aprendeu – possivelmente com as figuras paternas – agora no lugar de protetor, mas também se julgando com direitos nem sempre seus.
# P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
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