SEXUALIDADE E CONSUMO NA
TV (X)
Erotismo na infância
Por Paulo
Roberto Ceccarelli*
Por possuir um tempo e um ritmo
próprios, e uma vez que o curso definitivo das disposições pulsionais é
determinado pelas experiências da primeira infância, o excesso (prematuro) de
estímulos pode ser um problema à sexualidade do sujeito em constituição. Uma
das fontes desse excesso é a TV. Alguns programas despertam a sexualidade de
maneira a comprometer a sexualidade futuramente. Meninas de três, quatro anos, ou
menos, dançando a famosa "dança da garrafa" em emissões televisivas. A
satisfação que o reconhecimento narcísico do olhar do outro produz na criança
é, sem dúvida, muito grande. Devido às diferenças de leitura, o olhar adulto a
esta cena pode constituir um “fator patogênico” quando erotiza a criança pelo apelo
sexual, distante de sua condição infantil.
As questões que a mídia traz ao
erotismo, pornografia e outras tantas ofertas ilusórias reascende uma velha questão
colocada por Freud: a de saber “se, e até que ponto, é possível diminuir o ônus
dos sacrifícios pulsionais impostos ao homem, reconciliá-los com aqueles que
necessariamente devem permanecer e fornecer-lhes uma compensação”. É uma
questão de ética e responsabilidade civil da TV. Fonte: http://www.ceccarelli.psc.br/
*
Paulo Roberto Ceccarelli é Doutor em Psicopatologia Fundamental e
Psicanálise pela Universidade de Paris VII, entre outros títulos de
peso.
P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ATENÇÃO! Palavras ofensivas, spams, links serão removidos. Perguntas SOMENTE pelo pelo e-mail >> pedrogobett@yahoo.com.br