Estou
apaixonado por uma menina que conheci pela internet. Não a conheço
pessoalmente, mas a gente conversa muito por telefone, só que há uns dias atrás
ela veio com uma história que quer ser só minha amiga, isso não é justo comigo.
Ela me fez me apaixonar depois quer cair fora!
André, 25.
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Depois que me apaixonei ela quer cair fora |
Sua
questão é instigante e revela, no meu entender, a faceta mais complexa das
relações virtuais: a intensidade das idealizações. A ausência física (real) da
pessoa nos permite construirmos o ser amado ideal, fantasioso. O que acontece é
uma ficção. Embora sempre as conversas por telefone favoreçam a aproximação,
isso não garante muita coisa.
A
título de hipótese, imagine que ela talvez estivesse mantendo contato com mais
de uma pessoa virtualmente. Não pode ter acontecido de ter havido maior
interesse em outro rapaz? Não é possível esgotarmos as possibilidades.
Mas
é preciso dizer algo além do virtual. Existe um elemento perverso na constituição
feminina. Boa parcela das mulheres deseja ser desejada sem a real intenção de
se efetivar alguma coisa. Administram a relação se aproximando e se afastando. Quando
percebem com domínio sobre os sentimentos do homem se afastam. Ao primeiro
sinal de afastamento dele, ela volta a nutrir esperanças que nunca se
realizarão de fato. É uma das expressões da perversão feminina. A
responsabilidade por sua paixão é sua, independente da perversão ou outra
coisa.
P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
Em qualquer tipo de relação, sempre idealizamos o outro, seja virtualmente ou não.
ResponderExcluirDistância nunca foi problema para quem realmente deseja o outro.
Agora o fato da desconfiança em relação á outros contatos virtuais, isso acontece em qualquer relação onde não se tenha confiança.
_Tanto as mulheres, quanto os homens gostam de se sentirem desejados.(seja no mundo real ou virtual). E nem todas as mulhers se afastam de um homem, sem que ele tenha dado motivos para isso.
"Tú te tornas eternamente responsável, por aquilo que cativas."
(Antoine de Saint-exupéry)