Palmadas Pedagógicas (VII)
Palmada não é Palmatória
O
jovem quer o máximo de liberdade e o mínimo de responsabilidade. É um engodo.
Só há liberdade se a responsabilidade antecedê-la. Todo o processo educativo
numa pessoa visa formá-la cidadã de direitos e obrigações.
Para Renato Janine
Ribeiro (Professor titular de Ética e Filosofia Política da FFLCH/USP, SP) “o eixo da responsabilidade jurídico-penal
está na ligação liberdade/responsabilidade. (...) Toda a questão da cidadania
está nesse eixo. Só o sujeito livre e responsável será cidadão. Quem é livre,
mas não responde por seus atos é déspota. Quem responde por seus atos sem liberdade
é escravo ou súdito.”
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Não existe liberdade sem responsabilidade |
Paulo
Mendonça, pai de duas adolescentes, tem dificuldade em dar umas palmadas.
Quando criança costumava apanhar, por isso deixa que sua esposa Eliete aplique
o corretivo que julgar adequado. Eliete acha que a autora do projeto foi
infeliz ao comparar palmadas eventuais com a palmatória. Explica que na palmatória
havia uma humilhação implícita e a criança apanhava na frente de todos e as
palmadas só ocorrem em casa.
O
que parece ficar cada vez mais evidenciado é que na medida em que a moral da
cultura se relativiza, um corretivo verbal se enfraquece diante do novo
espectro moral que ganha cada vez mais espaço. O uso das palmadas pode com isso
ter mudado seu sentido, já que a moral se relativizou.
Fonte: Jornal Opção
P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
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