quarta-feira, 8 de abril de 2009

0036 [ARTIGO] Obesidade (III) – Fome Emocional

OBESIDADE (III) – FOME EMOCIONAL

A obesidade está baseada no conceito de fome emocional. A fome física é a necessária para nosso sustento, enquanto a emocional ultrapassa essa necessidade. Surge a pergunta: como distinguir uma da outra?
A pergunta aparentemente óbvia, mas adequada é: “Estou com fome?” Uma das características do obeso é a compulsão por comer, levando-o a comer pelas mais variadas razões. Come por que:

· ‘a comida está lá’;
· ‘alguém se preocupou em prepará-la’;
· ‘pagou por ela’;
· ‘está ansioso’;

Enfim, acha justificativas para sua necessidade emocional do comer. E a fome emocional é que o leva à obesidade.
Para distinguir uma fome de outra observe se sua mão ou sua mente se movem na direção do alimento quando já está saciado. Se isso ocorrer você é compulsivo por comer, e potencialmente obeso. É necessário que a ligação entre o alimento e a fome física seja refeita, pois no compulsivo essa ligação estabeleceu-se pela via das emoções que estão para além das necessidades físicas. É onde reside o ponto sintomático, à luz da Psicanálise.
De certa forma essa ligação é o que sustenta a idéia de que o obeso tem que se restringir a certos alimentos. Não é verdade. A restrição que cabe ser feita é quanto ao hábito compulsivo, podendo comer de tudo se refeita a ligação alimento e fome física para uma vida saudável. Obviamente que o teor calórico deve ser considerado.

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

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