quinta-feira, 8 de julho de 2010

0044 [ARTIGO] DEPRESSÃO NA ADOELSCÊNCIA (III) - SINTOMAS

DEPRESSÃO NA ADOELSCÊNCIA (III) - SINTOMAS

Os sintomas da depressão são os mesmos em adolescentes e adultos, podendo ser mascarados por contingências da vida aparentemente sem relação com o problema, o que dificulta o diagnóstico médico.
A medicina trata a depressão como doença, porém a psicanálise a vê como um sintoma, e a remete a uma covardia moral promovida pelo inconsciente, tocando em nossa honra tão abalada atualmente, explicando tanta depressão. Quando a honra e dignidade se relativizam seu valor absoluto se perde e deixam de nortear nossas ações.
O indivíduo prefere a homogeneização dos antidepressivos que retiram dele toda responsabilidade a arcar com seu ônus. Todos querem ser o ‘dono do próprio nariz’, mas tudo tem um preço que sempre procuramos transferir. Isso não representa que o diagnóstico médico esteja sem valor. Seria muita prepotência.
Uma retração da libido ocorre no sujeito deprimido, o narcisismo cresce e o desinteresse ocupa todos os espaços. Isso não ocorre na tristeza, melancolia ou qualquer outro sentimento. A libido circula, embora cause mal estar no indivíduo.

Sintomas mais comuns:
• Falta de apetite;
• Insônia ou sonolência o tempo todo;
• Dores crônicas (cabeça);
• Distúrbios gastrintestinais
• Falta de entusiasmo / motivação;
• Busca de isolamento social;
• Dificuldades em tomadas de decisão;
• Irritabilidade;
• Auto-estima baixa ou culpa;
• Ansiedade e medos;
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0044 [INTERATIVO] Fobia x Inaptidão para o Trabalho

Um rapaz de 29 anos, portador de fobia social, em tratamento com depaxam 20mg, concursado e aprovado para a função de técnico de arquivo em um banco pode ser considerado inapto em saúde "mental" e "contra indicada sua admissão para exercer atividades laborativas no momento"?

Cláudia.


Por trás de sua questão está uma clara indignação perante o laudo emitido. Você me pede para validá-lo, coisa que não me cabe, nem validá-lo nem refutá-lo. A referência ao medicamento diz de um diagnóstico médico, e não podemos entrar em seara alheia. Ainda mais sem acesso direto ao caso.

Mas há outras questões. Um empregador busca maximizar seu lucro, e os entendimentos para essa direção, ao divergirem dos seus, geram essa revolta, mesmo que sua razão os compreenda como clínicos. Da mesma forma, uma decisão clínica pode ser entendida como mercadológica.

Os sentimentos despertados são naturais, mas a decisão de quem está no comando é sempre racional e de acordo com critérios que sejam entendidos por eles como os corretos.

No entanto, se de alguma forma você entendeu que houve preconceito ou algo parecido, já se trata de uma questão de Direito e não de Psicologia. Fora isso qualquer coisa que eu diga seguirá a mesma lógica.


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0043 [ARTIGO] DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA (II) - Estatísticas

DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA (II) –ESTATÍSTICAS

A depressão não atingia adolescentes até recentemente. No entanto o índice de suicídio triplicou nos últimos 30 anos para essa faixa etária. Esse dado é um forte indício dos novos paradigmas sociais.
Programas de tratamento têm obtido êxito para adolescentes. Pais e Professores ainda estão aprendendo a reconhecer o problema, já que na maioria das vezes o jovem não reconhece sua depressão.
Discernir outros sentimentos (tristeza, melancolia, desesperança, etc.) de depressão é de suma importância. Tais sentimentos não trazem grandes consequências ao nosso cotidiano e tendem a desaparecer naturalmente. Dificilmente o jovem deprimido sai da depressão sem ajuda. Não raro ela leva ao sentimento de se ‘estar louco’, gerando vergonha. Isso é um equívoco e preconceito.
Pesquisadores estimam que 5% da população sofre de depressão. De 10% a 25% das pessoas podem apresentar um episódio depressivo na vida.
Para eles o surgimento do problema se dá entre 15 e 19 anos. De fato, observou-se nas três últimas décadas um aumento muito grande do número de casos de depressão com início na adolescência, porém uma afirmação dessa natureza deve ser vista com cuidados. O fato de a depressão ter atingido mais adolescentes nas últimas décadas trás em seu bojo as mudanças sociais, não devendo as causas de seu surgimento a fatores meramente etários.
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0043 [INTERATIVO] Estou sendo assediada e não posso perder o serviço!

Estou adorando o meu trabalho em um aeroporto, mas, o meu supervisor está me assediando. Convida-me para sair, essas coisas. Ontem ele me disse que se não aceitar sair ele vai queimar meu filme com a gerência. Sou a única em casa que trabalha, faço faculdade e não posso perder o emprego.

Ana, 23, RJ

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Relações de trabalho estão no âmbito das relações humanas, e os interesses se manifestam. Obviamente que nesse caso de forma desrespeitosa. A primeira pergunta que surge é: quem está acima de seu supervisor? Pois a lei precisa ser invocada para que o respeito fique assegurado, e nesse caso entra no âmbito sexual.

O filme ‘Assédio Sexual’ com Demi Moore e Michael Douglas trás essa questão de forma muito interessante, mas há uma frase marcante de uma advogada: “Assédio não é uma questão de sexo. Assédio é uma questão de poder.” Nessa colocação feita no filme há um esclarecimento do que seja o assédio em si. Pois o poder está sujeito às leis que o regem.

Então me pergunto por que até agora você não chamou pela lei à qual seu supervisor está submetido, à hierarquia que lá existe. Empresas organizadas têm um organograma bem estruturado e primam por fazê-lo valer. Além do mais, sua tenra idade pode lhe favorecer no crédito que pode ser conferido ao seu depoimento. Fora isso não sei como poderia estar lhe ajudando.

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