terça-feira, 26 de janeiro de 2010

0041 [ARTIGO] OBESIDADE (VII) BULIMIA NERVOSA

OBESIDADE (VII) BULIMIA NERVOSA

A bulimia se diferencia dos outros distúrbios alimentares pela ingestão exagerada de alimentos seguida de sua eliminação por vômitos auto-induzidos, laxantes, jejuns longos ou prática exagerada de exercícios físicos. Comer compulsivamente seguido dessas ‘desintoxicações’ freqüentes pode causar graves prejuízos ao organismo da pessoa.
Pessoas com bulimia conseguem esconder o problema por anos devido à pequena variação de peso e pela eliminação do alimento ser uma prática secreta. Mas a culpa e a depressão estão
quase sempre associadas. Os mais suscetíveis são os que valorizam o corpo ‘atlético’ (modelo, bailarinas, atletas, etc.)
Geralmente o problema começa na adolescência, pela mesma razão do anoréxico: manter o corpo nos padrões ideais da cultura, explicando a grande incidência em mulheres, porém os
homens não escapam.

Alguns sintomas mais freqüentes:
• Interrupção da menstruação sem nítido ganho de peso;
• Exagero alimentar (compulsão);
• Vômitos ou uso de drogas para induzir o vômito (ficar longos
períodos no banheiro);
• Estranhos rituais alimentares;

• Comer secretamente;

• Obsessão por exercício físico;
• Depressão;
• Abuso de drogas e álcool
Para um tratamento eficaz é necessário o apoio familiar, uma equipe multidisciplinar com um clínico, um nutricionista, um psiquiatra e um terapeuta (individual, de grupo ou familiar).
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Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

0041 [INTERATIVO] Sou bissexual, mas não sei qual é a dele!

Sou bissexual e conheci um cara faz pouco tempo. Ele foi o primeiro homem que saí e me apaixonei por ele, mas só fala para deixar rolar, deixar acontecer, mas o que eu vejo é que ele não quer, mas não diz isso! Será que ele está me usando, brincando com meus sentimentos? Preciso parar de correr atrás.

Adão, 21, SP.


Meu amigo, as dúvidas que levanta em sua questão não são exclusivas de relacionamentos como o seu. Ocorre com quem está amando, apaixonado, se envolvendo. Nossas expectativas quase nuca são correspondidas no mesmo grau e intensidade que investimos no ser amado. Essa defasagem tanto qualitativa quanto quantitativa pode nos levar à idéia de não correspondência, mas isso é uma hipótese.

Com sua idade e na sociedade atual a sexualidade humana está sem norte, sem fixação num objetivo claro e definido. Então talvez o fato de se apresentar como bissexual não seja definitivo em sua vida. Pode sim ser uma opção, mas a homossexualidade ou heterossexualidade explícita na questão não está clara a você, é o que me parece.

Mas voltando, da mesma forma que sua sexualidade pode estar em pleno processo de delineamento, os sentimentos dessa pessoa citada também podem estar confusos a ela e não saber o que realmente quer da vida, e consigo mesmo.

O fato é um só: ter claro o que deseja em sua vida é primordial. Sem isso pode sempre ficar à mercê de situações como essa.


Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

0040 [ARTIGO] OBESIDADE (VI) ANOREXIA NERVOSA

OBESIDADE (VI) ANOREXIA NERVOSA

Dentre os distúrbios alimentares mais comuns já falamos do comer compulsivo. Mas a pessoa que sofre de anorexia nervosa desenvolve uma rejeição à comida. Mesmo nunca tendo sido obesa tem uma distorção em sua imagem corporal a tal ponto que criam hábitos obsessivamente voltados ao emagrecimento, como se estivessem sofrendo de uma obesidade enorme, com total perda de controle da situação. A anorexia pode aparecer isolada, ou associada a bulimia, da qual ainda falaremos.

As vítimas da anorexia são em 95% dos casos mulheres na faixa de 15 a 20 anos, onde a busca pelo corpo idealizado e mitificado pela mídia é o que desencadeia e sustenta o distúrbio. Mulheres dos 30 aos 40 anos também são vítimas.

Para a medicina, é preciso ter influências genéticas com traços de depressão ou obsessão. Ao mesmo tempo admite-se maior incidência do problema em profissões em que o físico é um fator determinante (modelos, aeromoças, bailarinas e ginastas). A pessoa se convence que precisa emagrecer e o melhor jeito é cada vez comer menos. Convencer a pessoa do contrário é a coisa mais difícil do tratamento. O apoio familiar é muito importante.

Os principais sintomas:
• Excesso de preocupação com a alimentação, temendo a engorda;
• Culpa e ansiedade desproporcional por sair da dieta;
• Mesmo os outros dizendo que a pessoa está magra, com roupas largas, ela se acha com excesso de peso;

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

0040 [INTERATIVO] Depressiva e Humilhada

Há sete anos recebi o diagnóstico de depressão e há um ano tomo medicamentos. Ao relatar meus sintomas à psiquiatra fui chamada de mimada e outras coisas. Disse que não havia remédios no mundo para me curar e que só um psicólogo resolveria meus problemas. Senti humilhação e preconceito.
Ester, 29, professora.

Atrás de um profissional há um ser humano e talvez ela seja uma exceção. O mais importante é o que sentiu.
Na cura da depressão o tratamento deve ser multidisciplinar. O depressivo vê o mundo de forma distorcida, esperando dos ‘responsáveis’ mais do que podem dar e esforçam-se menos do que deveria.
A depressão não é apenas uma questão de neurotransmissores. Esta é uma das diferenças entre os tratamentos médico e psicanalítico.
O diagnóstico recebido parece-me o mais perigoso de sua queixa. Ele se cola em você de tal forma que assume ser a própria doença. "Eu sou a depressão", poder-se-ia arriscar. Enfrentará mais dificuldades na cura. Medicamentos lhe retiram a responsabilidade por seu sintoma, passando a idéia de cura sem implicação de seu desejo.
Sou da opinião que a médica a provocou em sua honra, pois depressão está intimamente ligada a ela. Alienado de si o depressivo percebe um mundo irreal. Posiciona-se como vítima e um profissional dificilmente será seu cúmplice. Se não estivesse medicada talvez vivesse outra situação.

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

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