terça-feira, 29 de julho de 2008

0017 [ARTIGO] O QUE É TRANSTORNO BIPOLAR?

O QUE É TRANSTORNO BIPOLAR?

O transtorno bipolar antes denominado psicose maníaco-depressiva (PMD) mudou sua denominação, pois nem sempre o quadro vem associado à psicose em si. Sua característica principal é a alternância de humor repentina, com fases eufóricas e depressivas, e seu portador não nota a oscilação como as outras pessoas.
Na fase maníaca o sujeito apresenta elevação da energia e disposição, humor eufórico, irritabilidade, distração, raciocínio acelerado, tagarelice, insônia, otimismo exagerado, pouco senso crítico. Em contraposição, a fase depressiva apresenta um quadro oposto: desânimo, cansaço mental, isolamento social, apatia, medo, insegurança, vazio, pessimismo, culpa, redução auto-estima e da libido, alteração no apetite e no sono (dorme mais).
A combinação de medicamento e psicoterapia tem se mostrado mais indicado.
A psiquiatra Ana Taveira conduziu uma pesquisa em que 820 psiquiatras do Brasil revelaram o lítio como primeira opção para o tratamento, mesmo faltando informação a mais de 70% deles. “A desinformação é um obstáculo para o uso do lítio”, revela. O medicamento é prescrito por 56,1% na fase maníaca, 43,6% na depressiva e 75,2% na manutenção.
Diagnóstico precoce e participação da família favorecem muito na qualidade de vida do portador. Se até os médicos estão desinformados, imagine a família! Talvez haja alguém perto de você e você nem imagine!

Fonte: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos_Psicologia/Transtorno_Bipolar.htm
(sites visitados em 24/07/08 às 4h30)

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0017 [INTERATIVO] Ele não sabe o que faz com as duas filhas!

Meu marido, mesmo longe, manteve contato por dois anos e meio com as filhas (6 e 10 anos): passeios, mesadas, visitas, viagem à Disney, etc. Com má alimentação e queixas escolares por relaxo da mãe ele pediu a guarda delas. Depois disso não ligaram mais. A mais velha fala mal do pai quando estou perto. Diz que está no céu sem ele, que ele é tirano, etc. Ele não sabe o que faz! Pede a guarda? Deixa de visitar tanto? Corta a mesada? Conversa?

Chama-me a atenção sua preocupação com o que seria uma preocupação de seu marido. Em seu relato deixa escapar uma possibilidade: talvez esteja rivalizando-se com a ex-mulher dele, e as meninas se tornam uma arma para isso. Veja que você menciona o relaxo da mãe como o motivo de se pedir a guarda das meninas.
Outra coisa importante: é natural esse confronto das duas crianças com você. Não se pode esquecer que no lugar da mãe está você agora, e o ciúme é inevitável. Cabe-lhe suportar o ódio que elas depositam em você ao dizerem o que dizem do pai, não tanto por representar um sentimento para com ele, mas para atingir-lhe como conseguem. A solução desse problema é de exclusiva competência de seu marido resolvê-lo.
Parece estar claro que sua queixa não se refere aos problemas apresentados em primeiro plano, mas em sua dificuldade em ocupar o lugar da mãe delas sem culpas nem constrangimentos. Não fosse assim, a questão não existiria.


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terça-feira, 22 de julho de 2008

0016 [ARTIGO] ADOLESCÊNCIA, SEXO E AIDS

ADOLESCÊNCIA, SEXO E AIDS

O Ministério da Saúde encomendou uma pesquisa entre 1986 e 1996 que acusou: o número de garotas entre 15 e 19 anos iniciando a vida sexual saltou de 14% para 30% nesses anos. Em 1996 1% dessas meninas ficava grávida, passando a 2% em 1997 e 5% em 1999. Meninas entre 10 e 14 anos correm pelo menos cinco vezes mais risco de problemas na gestação e parto que as de 20 a 24 anos. Disso deduz-se que a Aids tende a aumentar nessa idade.
O psiquiatra Jairo Bouer declara: “A descoberta da Aids nos anos 80 acabou forçando famílias, escola e governo a falar sobre sexo com mais abertura”. Com a globalização iniciada na década passada o acesso a essas informações ficou facilitado ao jovem.
Outros fatores que contribuíram:

  • Mudanças sociais e culturais;
  • Avanços na medicina;
  • Aparecimento da pílula (1960);
  • Revolução sexual;
  • Fim da censura;
  • Mulher no mercado de trabalho.
Paradoxalmente até a Aids proporcionou um ambiente para se repensar a sexualidade humana. No embalo apareceram programas de TV para jovens.
Jovens até 25 anos são responsáveis por 40% das infecções do HIV, e estima-se que um terço deles não usem preservativos, alertou a Unicef em 2006. Na América Latina são 420 mil jovens infectados de um total de 6,4 milhões no mundo todo.
E nem tocamos na questão da gravidez!


Fontes: Revista Época, 12/04/99.
Site Observatório Jovem:

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0016 [INTERATIVO] Não sei porque ele sumiu de repente!

Tive um relacionamento curto com um rapaz que depois me ignorou. Apesar de fazer o mesmo com outra (até ficamos amigas) sempre me tratou muito bem. Só acho que mereço os que me fazem sofrer como se tivesse que pagar por não ter dado certo. Nunca entendi porque sumiu assim, pois nem brigamos! Faz quase um ano e não consigo esquecê-lo (nem sei se quero), e isso está me atrapalhando profissionalmente.
Anita.

Por trás da assertiva “nunca entendi porque sumiu assim” há uma pergunta: ‘Quem sou eu que me desconheço?’ Essa falta de compreensão é de si mesma e não dele. Não estaria se culpando por considerar que ele lhe tratava bem? O desinteresse dele não está alimentando um suposto sentimento de fracasso?
Ao indicar que ele já repetiu o feito com mais alguém você desfaz dele, mas depois nem deseja esquecê-lo. A quem não quer esquecer? Você não apenas carrega essa pessoa de idealizações; se reveste de tal onipotência que o fracasso/sucesso da relação se torna sua total responsabilidade.
Quando se nega a olhar a realidade que se lhe apresenta, as perguntas ‘Quem sou?’ ‘O que quero?’ ‘O que espero de um homem?’ lhe apertam ainda mais. A punição que se submete está ligada à cobrança que faz de você a você mesma. Está tentando reproduzir nas relações atuais algo da ordem dessa relação mal resolvida, mas de modo inverso.
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terça-feira, 15 de julho de 2008

0015 [ARTIGO] Qual o Futuro do Brasil?

QUAL O FUTURO DO BRASIL?

Até agosto de 2004 havia 190 abrigos para crianças e adolescentes na cidade de São Paulo. A Fundação Orsa coordenou uma pesquisa que avaliou 185 deles, num total de 4.847 crianças e adolescentes.
67% dos abrigados tinham família sendo a situação socioeconômica, violência doméstica, problemas de saúde mental ou dependência de drogas com os responsáveis os principais motivos para a institucionalização. Desse total, 55,6% estavam juntos de seus irmãos, na maioria com dois (57%) ou três (26%) irmãos.
A coisa é mais preocupante do que se imagina. Dentre os pesquisados apenas 10% podiam ser adotados, sendo 84% entre 8 e 19 anos. A faixa etária visada para adoção é de 0 a 11 meses (2,2%).
Elizabete Rosa, coordenadora da área de promoção social da Fundação Orsa, explica que os dados serviram para o desenvolvimento de políticas voltadas a esses abrigos, e reflete: “Mas a gente pode pensar que o que falta fazer aqui falta no Brasil como um todo”.
Esses números não são nem de longe representativos do número de crianças e adolescentes carentes de cuidados e atenção, uma realidade social gravíssima. São excluídos e muito dificilmente escaparão de viver à margem da cultura, tendo sido privados de seus direitos mais sagrados como cidadãos.
Entender esse processo de exclusão é entender o início das raízes da violência social.
 

Fonte: Revista Viver Psicologia, agosto de 2004.

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0015 [INTERATIVO] Sou gay ciumento e apaixonado

Às vezes passo do limite com meu ciúme
Sou muito ciumento e possessivo com meu namorado (faço ele se sentir acuado, preso e o obrigo a me ver). Ele já me deixou por um relacionamento heterossexual. Estudamos na mesma faculdade e ele teme ser descoberto, o que nos impede de namorar e fico arrasado. Eu o amo, mas ele "ainda não" (palavras dele). Nessa insegurança às vezes passo dos limites e ele pediu um tempo. Como fazê-lo entender que sofro com meu ciúme e me sinto o pior ser humano do mundo?
Diogo.
Você mesmo confessa o ciúme além da medida. Sabe que não só você sofre, mas seu namorado que nada tem a ver com seu sentimento. Por outro lado paga o preço dos receios dele. Não deixa de ser uma troca!

Mas algo me incomodou mais: seu investimento afetivo é bastante maior que o dele. Será que, ao se exceder por alguma razão, ele não aproveitou para pedir um tempo já que ainda parece não saber o que quer ou quem quer? Você diz que o ama, e ele, o que sente?
Como fazê-lo entender que sofre? A questão principal, talvez, seja você precisar entender mais de você mesmo, porque se dispõe a pagar preços tão caros. Exceto os ciúmes, está feliz com ele assim? Sua demanda de amor se apresenta muito díspare da dele. Isso é possível quando nos apaixonamos, mas até um relacionamento heterossexual ele já tentou. A mim parece que tanto ele quanto você, cada um à sua moda, primeiro precisam se encontrar para depois encontrarem-se um ao outro.

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terça-feira, 8 de julho de 2008

0014 [ARTIGO] O Poder da Música

O PODER DA MÚSICA

Numa época em que doenças são fartamente tratadas com medicamentos cresce o número de pessoas que busca uma outra solução.
O Centro de Pesquisa em Musicoterapia (Heidelberg) utiliza a musicoterapia para recuperar a saúde física, mental e social de uma criança com enxaqueca através da música, já que medicamentos não surtem bons efeitos nelas. O paciente usa a voz ou instrumentos para produzir sons, mesmo sem formação musical.
Tendemos a supervalorizar a dor e desvalorizar o prazer. A música pode proporcionar prazer semelhante ao de uma boa comida, drogas ou sexo, desde que seja adequada ao paciente.
Musicoterapia - a serviço da saúde
Robert Lueger (Universidade Marquette/Milwaukee, EUA) e pesquisadores de Heidelberg observam três fases da evolução do tratamento:

1. Melhora no bem estar subjetivo;
2. Desaparecimento gradual dos sintomas;
3. Melhora do nível funcional geral.

A capacidade de sonhar é fundamental. Com um fundo musical um menino se imagina no lombo de uma baleia mergulhando até sua ilha onde um urso o embala com o balanço de seus passos, por exemplo.
No entanto é preciso cuidado. CDs contra dores, insônia, etc. são ‘preparados musicais’ e nada tem a ver com a musicoterapia receptiva. “Sua eficiência nunca foi comprovada”, alerta Hans Volker Bolay, do Centro de Musicoterapia de Heidelberg.
Uma conseqüência importante do processo: sentimentos podem ser expressos de forma audível e compreensível.
Fonte: Revista Viver Mente&Cérebro, julho 2005.

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0014 [INTERATIVO] Com 40 anos quero um homem ideal

Com 40 anos sonho com um casamento ideal
Porque apesar de mulher madura estou sempre na busca do 'casamento perfeito' e não consigo viver sem um 'companheiro'? Faz mais de um ano que namoro, mas somos muito diferentes. Sou financeira e espiritualmente independente, mas afetivamente ele é tudo para mim. O namoro está desgastado, já terminamos e voltamos algumas vezes (após 7, 15, 20 dias) e até me deixou à vontade para romper. Mas se não faz contato após uns 20 dias eu o procuro.
Lia, 40.

Ser uma mulher de 40 anos não a isenta de sonhar na vida. Afinal, nossos sonhos são o que nos ajudam a enfrentar o real do dia-a-dia. Você mesma sabe que busca algo impossível, ao sinalizar com aspas ‘casamento perfeito’, e a essa altura realmente soa como algo paradisíaco. Onde está a maturidade?
As prerrogativas que descreve como geradoras de sua independência e autonomia me levam a pensar que talvez tenha julgado ser possível gozar sua liberdade a partir delas, pois tem seus recursos. E, no entanto você mesma verifica que não atinge isso, pois é prisioneira de seus sentimentos.
Há outra coisa a ser considerada: sua busca, mesmo sabendo-a utópica pela perfeição, não cessa. E porque seu ‘companheiro’ merece as aspas? Na seqüência deixa clara uma frustração com ele da qual tem dificuldades de se libertar. Sua posição na vida é a de enfrentamento ou de fuga? A mais adotada e que mais angustia as pessoas é a fuga, porém lhe rende muita queixa e lamúria.

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terça-feira, 1 de julho de 2008

0013 [ARTIGO] Em Busca de Aconchego

EM BUSCA DE ACONCHEGO

O falecido psicólogo Ângelo Gaiarsa quando esteve em Piracicaba (set/99) narrou uma experiência dos anos 60 que nos leva a refletir.
Alguns chimpanzés, pouco depois de nascidos, foram separados da mãe pelo pesquisador e colocados numa jaula contendo duas armações de arame no tamanho e forma de um chimpanzé adulto. Numa havia duas mamadeiras para substituírem os seios do chimpanzé-mãe, e, na outra armação que era envolvida com um pano macio (feltro ou veludo) havia uma lâmpada pelo lado de dentro aquecendo o tecido.
Eles ficavam 99% do tempo
no aconchego e 1% no alimento
Tudo fora medido, cronometrado e verificou-se que os macaquinhos ficavam 99% do tempo na armação aquecida com a lâmpada em busca de calor e aconchego e apenas 1% do tempo na mamadeira. Quando sentiam fome eles corriam mamar um pouco, mas logo voltavam. Segundo Gaiarsa, os números são exatos, e não para impressionar. Conclusão dos experimentadores: é muito mais importante o contato físico do que a alimentação.
Essa conclusão nos leva a uma reflexão em nossas relações familiares em primeira instância. Presenteamos a criança com objetos, muitas vezes caríssimos, e ainda cobramos delas que gastamos uma fortuna, quando um passeio para comer um cachorro-quente na praça ou no teatro faria muito mais. Estaríamos oferecendo-lhes o calor do adulto que parece ter esquecido o quanto isso um dia lhe foi importante.
Fonte: Palestra - “A Eterna Juventude Será Possível?” (Ângelo Gaiarsa – set/99, Piracicaba/SP).

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0013 [INTERATIVO] Estou traindo e não me sinto culpada

Sei que me meti numa roubada enorme. Tenho um relacionamento sério de longa data, mas sou geminiana e preciso sempre de novas emoções. Envolvi-me com um cara há um ano, mas acho que ele só está comigo por interesse. Tento provar pra mim mesma que sou capaz de conquistá-lo, uma obsessão, algo doentio e incontrolável. Sofro muito quando não me liga e mesmo sem terminar o outro relacionamento não me sinto culpada. Estou doente?
Carla, BA.
O que está tentando provar? E para quem? Pois me parece que conquistar essa pessoa se tornou uma questão de honra. Estaria tentando demonstrar seu poder de sedução a si mesma, ou está mais envolvida do que esperava? E essa primeira pessoa, o que é pra você?

O desejo humano sempre busca o que falta. Se ele está abastecido de seus afetos, se quando ele não liga você sofre, se ele percebe a profundidade de seu envolvimento, muito provavelmente não lhe corresponderá no mesmo nível. E isso fica fácil de entender, mesmo porque ele sabe que se encontra num lugar secundário, e talvez até pressinta que uma vez conquistado seu desejo se extingue e ele perde o lugar que ocupa em sua vida afetiva, o que torna mais interessante mantê-la com um gostinho de quero mais.
Mas me fica a pergunta: o que sente pela pessoa do relacionamento sério? Pois até se referiu como ‘outro relacionamento’! Essa ausência de culpa pode estar denunciando que apenas deseja ser desejada, nada mais!

P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
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