sexta-feira, 24 de junho de 2011

0089 [Artigo] Para Quê Fakes no Orkut?


Admirável Sociedade Virtual (IV)

“O Caso Escabroso da Fake Fajuta” 
(baseado em fato virtual do Orkut)

Um gordo feio e sebento
Arisco como um jumento 
Teve como divertimento
Um bando de velhos enrolar.

"De casamento marcado
com mais de um de uma vez"
Fingia ser uma loura graciosa
Um verdadeiro portento
A história se passou 
Sem que viesse a tona a verdade.
A tal da loira danada
Passando nos velhos a treta
Namorando um agora
Outro um pouco mais tarde.
Os velhos sendo enganados
A peste era muito esperta.
Engrupiu um tal Fernando
Capiau das Minas Gerais.
Teve um Paulo de outro estado
Um Joaquim de Goiás

Um Mané de Curitiba
Rasputin de Itatiba
Coitadinho desse rapaz.
Ficou perdido, sem rumo...
Napoleão deu-lhe aprumo
Raciocínio veraz.

Os velhinhos sendo enganados
A loura rindo a socapa
Cruel e bem sorrateira.
De casamento marcado
Com mais de um de uma vez
Tudo isso no virtual
Por mais que pareça besteira.

A coisa foi se esquentando
Os velhinhos ávidos, esganados
Ensejando a loura pegar.
A bichinha lépida se esquivando
Um monte de história criando,
Querendo dos velhos escapar

Virou um deus-nos-acuda
Aquela loura sanhuda
Fugindo sutil, serelepe
Correndo pra lá e pra cá.
Os velhinhos doidos em tropel
Babando no pote de mel
Que a loura presumia ofertar.

Era uma paixão desvairada
Os velhos mais nada faziam
Senão com a loura sonhar.
Fernando babava na fronha
Rasputin de carantonha
Sentindo os cornos coçar.

Mané vivendo inquieto
Seu caso lindo, secreto
Já Paulo nada discreto
Vivia o namoro a espalhar.

Joaquim, bem mais esperto
Com o vigário foi se confessar
Contar da loura faceira
Com quem iria casar.
Um dia a coisa explodiu:
A tal da loura sumiu;
O quiproquó foi formado
Os velhinhos, lesos, parados.

O site então deu a notícia
A loura com toda malícia
De forma fria, fictícia, 
A própria morte engendrou.
Arritmia ou infarto
Pra engambelar os incautos
Alguma doença tramou

Adquiriu de um falsário
Um obituário inventado.

Foi um chororô desandado
Os velhos todos enlutados 
Com noiva recém-falecida 
Diziam “minha querida
Que Deus tão cedo levou”

Da neblina surge um namorado, 
Chorando arrancando os cabelos, 
À beira de se suicidar, 
Informando da cremação, 
Com data e horário marcado.

No meio de tanta emoção,
Alguém resolve checar
Querendo o velório assistir
Reservando vôo pra ir 
Um gordo seboso, cheio de mumunha
Fez-se passar por loura gostosa
A féretro tão pranteado.


A loura rindo às escancaras
Com tanto panaca abestado
Os velhos enfartando, tremendo
Um fuzuê mal-parado. (...)
Um cidadão, de butuca
Filmava toda mazurca
Sempre com a loura enquadrada
A manter seu andar vigiado. 

A informação não procedia
A perua loura não existia
Era um fake idealizado
O nome José, de batismo
Por Ellen fora trocado. (...)

Um gordo seboso, cheio de mumunha
Fez-se passar por loura gostosa
Ainda arrumou testemunhas
Pra caso tão enrolado.

Os velhinhos até hoje não aceitam o caso ser desvendado
Permanecem em luto fechado, chorando a morte da loura,
Um traveco bem reforçado.

Gentilmente cedido por João Bosco:
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : pedrogobett@yahoo.com.br

0088 [Artigo] Novos Paradigmas Sociais


Admirável Sociedade Virtual (III)

O virtual favorece a quebra da moral e ética
Como dito na edição (I), em Admirável Mundo Novo a educação sexual se iniciaria na infância, o conceito de família inexistira e as pessoas viveriam sem ética religiosa e valores morais atuais. Não tão nitidamente isso ocorre no Orkut, organizado horizontalmente, em tribos (comunidades), e sem a estrutura típica da família nuclear. Essa é uma das marcas da sociedade globalizada, onde a organização vertical dá lugar a novos paradigmas.
A primeira sociedade que conhecemos é a família, que hoje se encontra organizada de múltiplas formas, em oposição à família nuclear em cuja organização hierárquica o pai representava da lei.
Mesmo contra os Termos de Serviços da Google há a participação de menores no site, consentida pelos pais, e o conseqüente acesso a conteúdos sexuais explícitos, seja por meio das comunidades, seja pelo acesso a perfis com imagens de nudez ou outros, sem a menor possibilidade de controle. Temos fortes elementos da obra de Huxley escamoteados: sexualidade estimulada desde tenra idade, conceito modificado de família, ética e moral pluralizada. Se na era anterior à globalização tínhamos a ética do dever (isso deve, aquilo não) com a horizontalização da nova estrutura social temos que responder a nossa singularidade. A aplicação da estrutura vertical no orkut faz emergir a figura dos tiranos, incapazes de responder aos novos paradigmas.
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : pedrogobett@yahoo.com.br

quinta-feira, 23 de junho de 2011

0088 [Perg/Resp] Se ele me amasse ficaria comigo!


Sou casada há 17 anos, mas há sete moramos em casas separadas. Três anos atrás tive uma depressão profunda e perdi totalmente o rumo de minha vida. Ele sempre esteve presente, mas há um ano descobri uma filha dele de três anos. Perdoei esperando que voltasse para mim. Quando pensava estar grávida ele fazia cara feia, mas tem essa outra pessoa. Agora o mandei viver a vida para ver se decidia por mim, mas não decidiu. Desejo ser mãe, mas tenho medo de não conseguir criar um filho sozinha. Se ele me amasse mesmo ficaria comigo. (Sonia, 37)
Ele se decidiu pela outra, que já tem filho dele
Interessante! A filha dele pode ter sido fruto do momento de angústia com sua saúde. Não estou justificando nada, mas percebendo que três anos, além da idade dela reflete também o tempo de sua depressão. Se ele é seu marido sofreu abalos como reflexos, e talvez tenha buscado uma válvula de escape dentro suas limitações pessoais.
Chama-me a atenção o tempo casada sem se preocupar com a maternidade, surgindo isso só agora. Desde quando deseja ser mãe? Não estaria relacionado ao novo envolvimento dele, descoberto há um ano? Uma possível sensação de incompletude se acentuar pela falta de um filho, que a outra teria conseguido? O desejo da maternidade não estaria mascarando sentimentos? Pressionou-o na tentativa de recuperá-lo. O filho não seria uma estratégia inconsciente, mais que um desejo amadurecido? Morarem separados sugere um afastamento.

“A escola deve ser o espaço de discussão de temas morais. Onde se possa refletir sobre valores, para que cada um chegue a uma conclusão própria.”  
Do livro ‘Um Dia com as Pimentas Atômicas’ – de Isabel Vieira)
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

0087 [Artigo] Comunidades virtuais e o Ego


Admirável Sociedade Virtual (II)

O ego se expressa nas comunidades
Comunidades virtuais no Orkut agrupam pessoas com mesmos objetivos. Desde as do tipo “sou fã de fulano” ou “eu odeio mentira” até as que se propõem debates em torno de um único tema, passando por uma variada gama delas. Uma comunidade tem um dono que pode ou não ter moderadores (auxiliares).
Para participar de uma comunidade moderada a pessoa deve aguardar aprovação após pedir ingresso. Então deve acatar as regras ali determinadas. Está criado um ambiente em que o poder é exercido virtualmente sobre todos seus membros, fato que motiva algumas pessoas a possuírem muitas comunidades. É fácil imaginar que tal poder alimenta a vaidade de quem o detém frente aos demais que muitas vezes se vêem diante da dificuldade em lidar com a lei, que em muitos de nós foi introduzida pela função paterna em nossa vida familiar. E se reproduz um modelo vertical, hierárquico e por vezes tirânico por partes dos donos e/ou moderadores.
Nas que propõem temas de discussão os debates são geralmente acalorados, polarizando posições. Muitas vezes um dos pólos é defendido pelo dono ou moderador, o que constrange a livre expressão de alguns por receio da retaliação moral. Se tomarmos uma comunidade bem movimentada com 200 mil membros, os participantes ativos dos debates não passam de 100 (0,05%), mais que suficientes para envaidecer o ego de algumas pessoas.
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

0087 [Perg/Resp] Ele me traiu e não aceita o fim


Ele me traiu com a ex-
Com dez meses de namoro ele beijou outra e dois meses depois me traiu com a ex-, então terminamos. Passou mal e dei a ‘nova chance’ pedida, mas já não era a mesma coisa. Ainda era amigo da ex alegando que devia uma grana alta a ela e que seis anos de namoro pelo menos amigos podiam ser. Não aceitei e sumi, mas ele me procura e não aceita o fim, isso já faz quatro meses. Estou investindo em outra pessoa, mas como não dei satisfações ele me cobra dizendo “como você pode fazer isso comigo”. Afinal não temos mais nada, errei? Já tentei conversar, mas não funcionou. Estou mal. 
Kate, 22.

Fica-me a impressão que não dar satisfações foi estratégico. Não que o tenha feito conscientemente, mas que assim fazendo provocou nele a falta e com isso o desejo. Se visto por um lado foi inteligente, de outro tem as conseqüências que agora surgem. Também deixa margens para que ele, com seu ego ferido lhe atinja moralmente, embora essa seja de nossa exclusiva competência.
Sua consciência lhe diz que errou? É sua a resposta a essa pergunta. Mas se a questão surge há algo aí, da mesma forma que há a dificuldade em contornar o problema. Todos esses elementos reforçam a idéia de que seu sentimento por ele ainda é forte, e luta para se desvencilhar, até lançando-se num novo relacionamento. Quatro meses é tempo suficiente para deixar claro que acabou. Mas acabou mesmo? Não seria essa a razão de ‘estar mal’?

“Quando o amor nos visita, a amizade se despede.” (Marquês de Marica)
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2011

0086 [Artigo] Admirável Sociedade Virtual (I)

Admirável Sociedade Virtual (I)

O mundo virtual possibilita a experiência da fantasia
A obra ‘Admirável Mundo Novo’ (1932) de Aldous Huxley narra uma hipotética sociedade; pessoas são pré-condicionadas a viverem em castas, sem a ética religiosa e valores morais da sociedade atual. Qualquer dúvida e insegurança do cidadão seriam resolvidas consumindo-se drogas sem efeitos colaterais, crianças teriam educação sexual desde cedo, e o conceito de família inexistiria; é uma obra ficcional.
O site Orkut, criado por Orkut Buyukkokten reproduz elementos presentes na obra de Huxley. As pessoas se presentificam por um perfil que pode ser representativo (informações autênticas) ou falso (‘fake’). Essa possibilidade abre o precedente para se viver um personagem. Fãs colocam fotos de seus ídolos, homenageiam personagens míticos, lendários ou reais da história. Utiliza-se fake para diversos fins, em muitos casos para se preservar o sigilo. Cria-se com isso uma sociedade ficcional em que, valendo-se dessa prerrogativa, a pessoa passa a viver uma vida irreal no maior grau possível, podendo se manifestar da forma que melhor lhe convier nas diversas situações. Há diferença entre fake e bogus. O segundo teria o exclusivo intuito de causar danos morais, profissionais ou até financeiros àqueles que se utilizam do site para quaisquer fins dentro dos Termos do site.
Falaremos sobre essa admirável sociedade virtual nas edições posteriores.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Admir%C3%A1vel_Mundo_Novo
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

0086 [Perg/Resp] Problemas pessoais que somatizaram


Tantos problemas que somatizei tudo
De tantos problemas ano passado me falaram até que estou com espírito ou praga. Sem conseguir emprego parei a faculdade, com sério problema de saúde sem cobertura do SUS (só particular), contas, SPC, etc. Estou com tonturas, sem conseguir dormir, acordo de madrugada, com ânsia parece que vou cair. Pesquisando na internet me pareceu relacionado a estresse. Se eu precisar de tratamento quanto custa? Não agüento mais esse abismo! (Josué, Piracicaba)

Não haveria qualquer problema em buscar uma resposta à sua angústia se seus achados já estivessem sendo confirmados por um profissional. Digo isso pois sua pesquisa lhe indica um suposto diagnóstico e imediatamente reflete sobre os custos para tratar-se sem antes confirmar isso. Percebe que está dando pulos? Ao considerar a possibilidade de um tratamento porque já não delega ao profissional o diagnóstico? Veja que não questiono qual seja seu problema clínico, mas sim seu procedimento, se pensa em procura profissional.
Minha hipótese é a de que, muito embora considere a possibilidade do tratamento e seus custos, eles estão longe de se realizarem efetivamente e não apenas pelo fator financeiro, mas principalmente por sua implicação subjetiva está ausente na queixa. Ao relatar seus problemas se exclui deles fundamentando seus argumentos em fatores externos, excluindo sua subjetividade, tão preciosa na melhora mental. Se implicar é o melhor começo. 

"Nada é tão contagioso quanto o entusiasmo.” 
(Edward George Bulwer Lytton, 1803-1873, escritor britânico)
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P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

0085 [Artigo] Ato Médico - Um Golpe na Saúde (IV)

Ato Médico - Um Golpe na Saúde (IV)

Um dos pontos mais atacados do PL 7703/06 (Ato Médico) é o seu artigo 4º: “São atividades privativas do médico: formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica.” A nosologia é o ramo da medicina que trata das enfermidades em geral (qualquer afecção – doença, dor, problema) que atinja qualquer parte do corpo.
As doenças psicossomáticas envolvem corpo e mente (psique => mente; soma => corpo). Eclodem no organismo doenças de base emocional. O artigo 4º, entre outros pontos do PL, garante exclusividade aos médicos. Problemas de postura, obesidade ou traumas que promovem a doença ou dor no cidadão devem ser tratados por profissionais da área em questão numa visão multidisciplinar para o diagnóstico e prognóstico.
Ato Médico ou reserva de mercado?
Vale lembrar que ao se atribuir a um único profissional o poder de diagnosticar e prescrever o tratamento adequado não só se reduz as demais categorias como ‘técnicos da saúde’ mas principalmente tem-se uma visão unilateral da doença, o que parece ser o mais nocivo para o maior interessado na cura, o cidadão.
Com o monopólio da saúde a procura pelo médico aumentaria significativamente, pois dele o cidadão dependeria para ter acesso aos demais profissionais e tratamentos. Maior demora no atendimento, maiores custos (planos de saúde vão reajustar taxas devido ao volume de consultas) são reflexos esperados.

Por isso vote não!
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segunda-feira, 20 de junho de 2011

0085 [Perg/Resp] Comecei a mentir compulsivamente!


Ninguém mais acredita em mim!
Sempre fui insegura com auto-estima baixa, constantemente mudo de opinião para evitar discussões e agradar as pessoas. Há algum tempo tenho mentido compulsivamente até em coisas bobas como que filme assisti ou o que comi. Muitos se afastaram de mim, e nem minha mãe acredita mais em mim. Meu namorado já ameaçou terminar várias vezes. Não consigo falar a verdade e sempre preciso mentir em alguma coisa. É uma coisa involuntária. Sou louca ou desequilibrada?
Íris, 25.

A compulsão em mentir é conhecida como pseudolalia, onde a necessidade de se viver uma situação fantasiosa, imaginária sustenta o problema que surge em pessoas com carência acentuada, como expressa em sua queixa. Mas há muitos motivos que contribuem para o desenvolvimento do problema, entre eles educação rígida, autoritária, julgadora e a mentira se apresenta como mecanismo de defesa contra a hostilidade que se impõe. Pode também surgir devido a algum trauma na infância.
Como na compulsão da dependência química ou vício em jogos perde-se o controle da situação afetando seu cotidiano significativamente. Não está em questão a importância da mentira, e sim a compulsão em mentir que se evidencia nitidamente na questão. Mas isso não é qualquer tipo de ‘loucura’ que, aliás, o termo já é carregado de ideologia. No entanto carece de ajuda profissional que considere sua subjetividade como fundamental no problema.
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0084 [Artigo] Ato Médico - Um Golpe na Saúde (III)

Ato Médico - Um Golpe na Saúde (III)

O AM fere preceitos básicos do SUS
O Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida, presidente do Crefito-SP (Conselho Regional de Fisioterapia) diz em seu artigo que “lideranças médicas tentam há anos restringir a autonomia dos profissionais da saúde”. O PL 7703/06 está melhor que em sua versão original do Senado por ter estabelecido atos privativos de outros profissionais também. Desde 2004, o Crefito-SP defende o direito de livre acesso do cidadão aos profissionais da saúde sem a necessidade de uma prescrição médica.
O PL retira a autonomia de outros profissionais ao atribuir prerrogativas exclusivas aos médicos sobre o diagnóstico nosológico (doenças) e prescrição terapêutica (tratamento) no seu art. 4º. O cidadão dependeria de prescrição médica para tratamentos que médicos não têm competência técnica para avaliar, transformando os profissionais da saúde em técnicos sem autonomia, além de retirar do cidadão o direito de decidir o que lhe convém.
Numa época em que o SUS (Sistema Único de Saúde) prima pelos princípios da multidisciplinariedade e integralidade, o Ato Médico soa no mínimo um contra-senso na medida em que se considera que o cuidado em saúde pressupõe diferentes saberes de profissões já regulamentadas para um atendimento integral.
No âmbito de planos de saúde o paciente não tem mais livre acesso a fisioterapeutas sem prescrição médica, o que é um abuso!


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0084 [Perg/Resp] Dividida entre o ex- e o namorado


não quero magoar meu namorado!
Tenho um ex que ia se mudar e me convidou para sua despedida, mas fui escondida do namorado, afinal seria só uma despedida. Ainda no namoro escrevi uma carta com toda nossa história e um pedido de retorno, e imaginando que não fosse mais vê-lo o entreguei. Ele me respondeu querendo voltar arrependido, para não deixar nosso amor acabar e tal. Hoje no MSN tentei me esquivar, mas disse que virá no final de semana e insistiu em me ver. Estou super bem no meu namoro, ele faz de tudo pra mim e não quero magoá-lo, mas fico balançada com esse outro!
Meiry, 20.
Afetos mal resolvidos ressurgem em novos envolvimentos. É necessário purgá-los para se abrir à outra pessoa de forma integral, sob o risco de viver essa dualidade. Como se esquivar de alguém que um dia você foi ao encontro furtivamente e ainda deixou o registro da história de vocês com o pedido de retorno?
Está patente que aquela não era ‘só uma despedida’. Havia muito mais em jogo e talvez isso nem estivesse muito claro a você. A carga afetiva ainda não resolvida faz reviver momentos bons que sempre surgem em nossa memória depois de algum tempo longe. Os homens aprendem desde cedo a respeitar o não de uma mulher, então se o encontro do final de semana acontecer foi porque você disse sim.
Escolhas amorosas não são guiadas pela razão. Mesmo que seu namorado ‘faça de tudo’ por você, seu coração b ate forte pelo outro.
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0083 [Artigo] Ato Médico - Um Golpe na Saúde (II)

Ato Médico – Um Golpe na Saúde (II)

“Cada função tem sua importância. Estou me interessando por esse tema do Ato Médico. Não quero fazer injustiça, mas quero compreender o que está em jogo. Quando você vira presidente da Republica e tem que lidar com muitos lados, começa a perceber que é preciso tomar muito cuidado com transformar corporações em coisas muito poderosas”.

O AM é contra a Multidisciplinaridade
Foi com essas palavras que o presidente Lula expôs sua preocupação com o Projeto de Lei (PL) do Ato Médico no IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, maior evento de saúde pública do país realizado no início desse mês em Recife.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apóia a regulamentação profissional da medicina, mas teme que o Ato Médico acabe por ferir a autonomia de outras profissões.
Em 2004, o CFP participou ativamente de mobilizações que reuniram 10 mil pessoas em Brasília, além de outros eventos em SP, RJ, BH, Santos e outras cidades quando profissionais e estudantes de 13 categorias explicaram à população e ao poder legislativo os prejuízos que o PL causaria.
Dia 21/10 o PL do Ato Médico foi aprovado na Câmara dos Deputados. Em e-mail o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) informou que a eleição resultou em 269 sim x 92 não. O Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB) votou não.
Acesse e vote NÃO! Defenda seus direitos. É rápido!
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

0083 [Perg/Resp] Meu amigo/amor perdeu o pai!


Ele não tem para onde ir com a morte do pai
Eu tenho um amigo que na verdade é o meu amor. O pai dele faleceu e já chorei mesmo sem conhecê-lo. Nem é preciso dizer como ele está. Não sei como lidar com essa situação, nunca vivi algo assim. Fui ao velório apoiá-lo, mas não me contive, a tristeza era demais. Não sei onde vai morar agora, pois a mãe dele mora em outro estado. O que posso fazer por ele? Eu realmente o amo muito.
Aline, 18.

Sua dor é bem diferente da dele. E não se trata de ser maior ou menor. Ele sofre a perda do pai, você pelo amigo que não se torna namorado. Seu sofrimento se mescla com a morte, e mesmo não sendo diretamente alguém de sua família, sua dor se confunde entre tristeza e desejo não realizado em ser amada por ele. A cena contagiante de tristeza no velório deixa claro esse misto entre morte e desejo.
Sua preocupação com ele é a forma como expressa sua dor de não tê-lo como desejaria. Por acaso já se declarou a ele, expôs seus sentimentos? Pois não sei como tem levado essa ‘amizade’. Se são amigos ele pode estar entendendo suas preocupações de forma natural, e não de alguém interessada nele como homem. 
A mãe estar em outro estado ameaça seu contato com ele e pode estar lhe incomodando, na medida em que com sua mudança você o perderia de vista e isso se evidencia no “não sei onde vai morar agora”. Sua amizade por ele vai valer muito agora. Além disso, expor seus sentimentos pode ser até surpreendente aos dois.
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