terça-feira, 20 de novembro de 2007

0005 [Perg/Resp] Ele gasta tudo em bingos, não temos diálogo!


Ele gasta tudo em bingos!
Fiquei separada por 3 anos pois jurou parar de gastar fortunas com bingos. Até me ajudou com problemas de saúde quando reatamos. Cuido da casa, filhos e faço um bico para ajudá-lo na renda. Depois de 10 meses bem tudo voltou como antes, me manda ligar pra polícia e "tentar" tirá-lo de casa, não dialoga e se pergunto onde esteve quando chega de madrugada fica agressivo ou foge. Faço tudo que ele pede, mas nunca está bom. Só sinto vontade de chorar... Não agüento mais!
Gabi, 34, RS.
Qualquer adicção é mais forte que o adicto o que explica a dificuldade em se livrar dela. Só quando ele a perdeu que se preocupou em reconquistá-la. Conseguido isso tudo volta como antes. A despeito da intenção em parar há a recaída e a velha forma de se relacionar.
Buscamos uma relativa garantia em atingirmos nossos objetivos sem medir esforços em alcançá-lo. O problema está sendo em manter uma estabilidade, agravado pelo vício.
Mas você já sabe do temperamento agressivo e covarde/inseguro (?) dele para dialogar e todas as coisas que envolvem um casamento. E um casamento sem diálogo fracassa, perde seu sentido maior que é a cumplicidade. A impressão que me passa é que a questão financeira a mantém no casamento, mesmo estando sacrificada com o vício dele. O que realmente lhe prende a ele?
Ao demandar seu amor fazendo “tudo o que ele pede”, se anula e não se respeita, logo não tem como exigir o respeito do outro; o externo é reflexo do interno.
Uma revisão nesses pontos pode retirá-la desse lugar de vítima. Afinal você é responsável por tudo que lhe sucede embora as aparências demonstrem o contrário.

P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

[ARTIGO] EU SÓ QUERO CHOCOLATE

Eu Só Quero Chocolate

O sujeito da psicanálise é o sujeito do desejo que uma vez realizado faz surgir outro desejo. Em nossa formação como pessoas nos deparamos com a castração, com a falta, o vazio, motor do desejo que busca constante satisfação.
Chocolate, símbolo de desejo
O desejo é sempre inconsciente, o que nos leva buscar satisfazê-lo fora de nós e o chocolate se apresenta como possibilidade tal como o corpo esbelto, o carrão.
Quase tudo é sedução numa sociedade consumista. Uma mordida gostosa é o motor da propaganda do chocolate, uma Sensação, algo Bom-Bom, nos traz Prestígio. Propondo a sensualidade como oposição à castração satisfaz o desejo. Surge um novo desejo... um novo chocolate. Pode ser um identificador do grupo.
Modismos passam. A busca do objeto perdido na infância permanece. Assim é o desejo.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

[ENTREVISTA] A importancia dos sexo nos relacionamentos

A Importância do Sexo nos Relacionamentos
Entrevista concedida à revista Acontece News em dezembro/2006.

AN: Qual a importância do sexo nos relacionamentos afetivos?
PG: Resumidamente o sexo tem a importância que o casal envolvido imprime a ele. Podemos pensar o sexo em propostas de casais que mantém o celibato, casais swing ou até mesmo os góticos que profanam um túmulo e realizam o ato sexual sobre um caixão. Só aqui temos três significados diferentes para o sexo.
As relações afetivas, de maneira geral, tendem a ser legitimadas, seladas com o ato sexual. É bem verdade que vivemos uma sociedade abalada em seus valores morais e éticos o que dificulta mais ainda uma resposta universal para essa questão, mas como mito e paradigma de muitos relacionamentos o sexo sempre ocupou um lugar nobre nos relacionamentos. Mas universalizar uma resposta realmente é impossível.

 
AN: Qual a diferença dos relacionamentos atuais com os de antigamente, da época de nossos avós?
PG: A diferença que testemunhamos cotidianamente baseia-se na quebra de uma sociedade que um dia foi hierarquizada, vertical, para se tornar horizontal, tribalista. Havia ideais comuns nos anos 70, slogans do tipo “faça amor, não faça a guerra”, “paz e amor”, “é proibido proibir”, etc. A nação, o pai, a mãe, autoridades, eram reconhecidos, respeitados em sua hierarquia. Todos sabiam o que era certo e o que era errado fazer. Na sociedade globalizada pais e filhos inverteram papéis, o tecido social encontra-se esgarçado, não é mais respeitado. As drogas dos anos 70 apareciam como protesto. Agora surgem como um nada querer saber. São ingredientes que compõem as diferenças entre as duas gerações em questão.

 
AN: Hoje, os adolescentes e jovens falam muito sobre sexo. Essa atitude é justificada por um conflito de gerações?
PG: O sexo sempre foi o maior tabu da humanidade. Uma das grandes mudanças positivas nesses 30 anos foi tornar possível o diálogo de assuntos tão delicados como sexo, drogas, entre outros. O fim da ditadura também colaborou para que esses temas conversados apenas em rodinhas de adultos pudessem ser veiculados pela mídia, até mesmo como campanhas preventivas como foi o caso da AIDS nos anos 80. Então entendo que os jovens queiram e devam obter informações sobre sexo, mesmo que sejam apenas para se informar. Uma sociedade globalizada urge que adolescentes se informem sobre sexo também. Essa é uma fase da vida que além de longa e cheia de conflitos, o corpo do adolescente sofre muitas perdas e aquisições em um período relativamente breve. Nesse sentido não vejo como fruto de um conflito de gerações falarem sobre esses assuntos. Parece-me refletir mais uma mudança de paradigmas de nossos dias atuais, num contexto democrático quando jovens se formam pessoas, diferentemente de gerações anteriores que viveram a ditadura e todas as decorrências dela.
 
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AN: Atualmente, o sexo não tem a única finalidade da procriação, o que é muito bom. Mas em contrapartida, a promiscuidade vem crescendo. Como lidar com isso?
PG: É verdade que novas formas de relacionamento favorecem envolvimentos dessa natureza, mas muitas pessoas já descobriram que relacionamentos sem compromisso e cumplicidade são um engodo, e relacionamentos surgidos nos últimos 30 anos sob a égide da filosofia do ‘eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também’ se encontram em declínio. De certa forma, a mesma cultura que criou o equívoco promove seu reparo. Na verdade nossa sociedade é como um carro em movimento que precisa trocar suas rodas sem pará-lo.

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AN: Quais são as características dos pacientes que recorrem ao senhor?
PG: São pessoas que procuram alguma solução para uma queixa que os trazem até o tratamento. As queixas são muito variáveis e, baseados nelas, nada podemos dizer que delineie um perfil dos pacientes. Trabalho com a psicanálise de enfoque lacaniano, e quando falamos em psicanálise, as estruturas de personalidade mais recorrentes, embora haja casos que fujam a essa regra, são neurose, psicose e perversão. Como é de conhecimento teórico que os casos cujo pano de fundo predominante é a neurose, é claro que eles aparecem em maior número. Mas dizer que são pacientes neuróticos é como dizer nada, uma vez que de uma forma ou de outra, todos somos neuróticos. O que muda é o grau, e isso sim é de pertinência a nós.

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AN: Qual a instrução que o senhor mais fornece a estes pacientes?
PG: Não trabalhamos com aconselhamento ou coisa desse tipo. O que fazemos é mostrar ao paciente o que ele está fazendo com sua vida, e o que pretende mudar. Ele é livre para, inclusive, continuar como está. Mas se procura-nos, é porque está incomodado e quer uma mudança, embora resista quando atuamos sobre o mal que lhe acomete. Num primeiro momento fazemos o papel de espelho para a tomada de contato com o que lhe é desconhecido. Implicar-se em sua queixa é condição sine qua non para um resultado eficaz do tratamento, mas o que temos observado é que nós humanos procuramos empurrar para fora de nós uma responsabilidade que é só nossa, que é a responsabilidade frente ao nosso desejo.
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AN: Deixe um recado para nossos leitores
PG: Freud dizia que o visual se tornou importante a partir do instante em que o homem se tornou bípede. Até então o aparelho olfativo predominava, passando para o visual. Do homem das cavernas para os dias atuais, a visão só ganhou força. Na sociedade pós-industrial, desenvolvida tecnológica e cientificamente, artifícios como silicones, lipoaspirações, anabolizantes, plásticas, e tantos outros aparatos estéticos estão muitas vezes se prestando ao culto ao corpo. A pergunta que surge é: o fisiculturismo tão apregoado por tantos não nos atrai pelo visual? Esse visual presta-se ao amor ou ao sexo? Diz Exupèry: “o essencial é invisível aos olhos”. Se isso é verdade, buscamos o sexual através do não essencial e perdemos o melhor dele que é o amor, este sim invisível.##


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[Artigo] Grupos de Apoio à dependentes químicos

Grupos de Apoio à Dependentes Químicos

A sociedade está gritando. Gritando por socorro, por ajuda. Os sintomas sociais são os mais diversos, mas uma coisa é comum a quase todos: a família.
Temos um sem fim de grupos de apoio: para obesos, ‘neuróticos’, alcoolistas, drogaditos, etc. Cada qual com suas atenções focadas em ajudar quem o procura.
Desloco as atenções à família do dependente químico, pois entendemos ser a primeira a sofrer os impactos, pois sabemos quão avassalador é esse mal.
A medicina reconhece a dependência química como doença. Não importa qual seja ela, promove a doença. Mas há mais doentes entre uma família saudável e uma casa de recuperação que pode imaginar nossa vã filosofia. Refiro-me aos familiares, co-dependentes, dependentes psicológicos que se torna patológica em toda sua estrutura.
É aí que entram os grupos de apoio. Com o passar dos anos percebeu-se que não adianta tratar o drogadito se o meio em que ele vive não for repensado. Ele pode ser internado, re-internado, e ele recairá, pois a família está recaída emocionalmente. Mães ansiosas, pais fragilizados (isso quando há o pai), desordem de funções na estrutura familiar, compõe o ambiente mais propício para a recaída.
Fundamentais para usuários de drogas
Esses grupos trabalham comportamentos, especialmente os facilitadores da drogadicção. Temos uma inversão muito grande de papéis nas relações familiares. O filho diz ao pai: “Vou chegar tarde hoje” e pronto, está liberado para a noitada. Os pais que ainda esboçam uma reação encontram o escudo do filho: a mãe destituindo-lhe a autoridade e impedindo colocar limites.
Está criado um circulo vicioso favorável à manipulação que os adolescentes conhecem como ninguém. Desenvolvem a arte de conseguir colocar pai e mãe em constante confronto. Vazam por entre seus dedos como a água nas mãos até se descobrir que ele está nas drogas; e surge a primeira pergunta: “Onde foi que eu errei?”
Num complexo de sentimentos de culpa, mágoa, raiva, autopiedade, impotência, vergonha, etc., marido e mulher evitam a internação de seu filho e um grupo de apoio para si próprios. ‘Afinal, como pode acontecer isso logo comigo que fiz tudo por ele? Render-me a pessoas desconhecidas, expor toda minhas feridas? Ah! Isso eu não faço’. É a vergonha outra vez impedindo a profilaxia. A essas alturas, mais pessoas do que se imagina já sabem do fato.
Mas o tempo só faz conduzir à internação do filho e de si ao grupo de apoio. Como isso demora a ocorrer e pouquíssimas famílias percebem seu valor aliada à falta de coragem, quando chega ao grupo o caso já avançou e muito. E quanto mais difícil estiver, mais querem sair do primeiro encontro com a solução pronta tal como uma receita médica e nunca mais aparecer. As coisas não funcionam assim. É necessária muita persistência, obstinação, reflexão, ouvir os casos, seus acertos e erros. Mas isso só é possível com freqüência, coragem para recomeçar, reconhecer os próprios erros, perdoar a si próprios, despojar-se da culpa, etc.
Não há qualquer dúvida que esses grupos funcionam. Os resultados estão aí. Não representa dizer que estão livres de terem seus filhos recaídos. Faz parte do processo, embora não desejável.
Uma coisa é certa: famílias que evitam os grupos empurram seus filhos para a droga. Pode acontecer de acordarem tarde demais.

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domingo, 28 de outubro de 2007

[ARTIGO] Sou Brasileiro, com Muito Orgulho

Sou Brasileiro, com Muito Orgulho

Olimpíadas 2007 - Seleção feminina do Brasil 5 x 0 EUA
 Artigo Publicado em 28/10/2007

Os jogos Pan-americanos estão trazendo grande alegria à nação brasileira. Destaco a atuação da seleção feminina de futebol que no seu jogo contra os EUA mostrou um show de bola com um placar de 5 x 0 e terminando sua campanha sem tomar um gol sequer. Num jogo limpo e talentoso conquistou mais um ouro para todos nós.
Comecei a refletir sobre isso tudo a partir de algumas informações. A seleção feminina norte-americana é campeã olímpica, os EUA estão com um número de medalhas de ouro superior ao dobro do Brasil. E passei a notar que muitas medalhas americanas foram conquistadas em competições de ambiente fechado (indoor). Nos EUA há uma separação das modalidades esportivas que considera esse dado – indoor ou outdoor (quadra coberta ou ambiente aberto), resumidamente.
Lembro-me que, numa ocasião em que vivi nos EUA havia certa organização de quais esportes eram praticados com maior intensidade nas escolas, universidades e demais instituições respeitando-se as estações do ano. A cada mudança de estação muda-se o esporte, já que por apenas três meses eles podem desfrutar da energia solar. Por aproximadamente nove meses do ano a região de Nova Iorque tem um clima de inverno rigoroso, chegando a temperaturas abaixo de 20º C. O clima, portanto, é determinante para a prática esportiva nesse país, assim como afeta todo o estilo de vida nos vários países do mundo. Isso traz alguma luz ao fato de os norte-americanos serem tão “frios” nas relações humanas, assim como há uma tendência de países do hemisfério sul serem mais “calorosos”.
Parece não haver dúvidas de quanto o clima afeta todas as atividades e relações, assim como o estilo de vida de uma nação. Nesse sentido é digno de nota o grande número de medalhas de ouro que os EUA conquistaram nas competições ‘indoor’ do Pan.
A alegria que foi exibida na abertura do Pan não deixa negar a presença da natureza. A Amazônia, o mar, a praia de Copacabana, o fogo da tocha nos lembrando nosso sol, nossos folclores e outras alegrias de nosso país mostraram com abundância os motivos de nosso ufanismo.
Dedico esse artigo à nossa seleção feminina de futebol que reforçou a mesma alegria da abertura do Pan e o espírito que tem norteado toda delegação brasileira nas diferentes modalidades de competição.
Independente de sermos o primeiro em medalhas, somos os primeiros na alegria.

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[Artigo] Reduzir a Idade Penal é uma Pena


Reduzir a Idade Penal é uma Pena

A redução da maioridade penal reascende uma polêmica, pois atinge a coletividade e todos se preocupam. E tendemos a um discurso do tipo ‘vigiar e punir'. Tanto isso é fato que uma enquete do site Terra apontou 92% dos internautas favoráveis à redução. Mas a solução não é tão simples quanto parece.
Sou A Favor da Redução!
Quando a violência bate em nossa porta, menores assumem crimes, somos tomados por revolta. Desejos de vingança e justiça avolumam-se e somos dominados pela ira, irracionalidade, ato impensado.
Acreditar na redução da maioridade penal é uma ilusão muito grande. Com a redução para 16 anos aquele de 15 continuaria sendo inimputável. Para não falar no dano causado na esperança de vida dos já excluídos, estamos transferindo as responsabilidades aos adolescentes de 16. Então reduziremos para 14? Corre-se o risco de o ser humano já nascer imputável, responsável por seus atos. Não me soa racional.
Penso que o problema da criminalidade, da tendência anti-social, da delinqüência do menor, reporta-nos no mínimo à sua vida familiar, nossa primeira célula social, onde aprendemos ou não a nos relacionar com o mundo. Se a criança sofreu maus-tratos, se foi violentada, se passou privações afetivas e/ou biológicas, se se desenvolveu num lar desestruturado, isso se refletirá em sua vida futura. Recente pesquisa revela que a principal causa da prostituição infantil é ter sofrido violência sexual ou maus-tratos de padrastos, sendo a hostilidade das ruas menor que a familiar. A causa financeira ocupava o terceiro lugar entre os motivos.
Sou Contra a Redução!
Sou a favor, sim, de políticas direcionadas às verdadeiras causas da violência, verificar o que ocorre dentro de casa para que o Joãozinho seja tão traquina, e não cortarmos o mal pela mandioca. Somos o resultado da interação do meio externo com o interno, e o homem vive um eterno conflito entre os seus desejos pessoais e a vida social. Mas também acho pertinente considerarmos a sociedade globalizada que vivemos para uma possível solução.
Também vejo com um olhar crítico o aumento do tempo de internação do menor na FEBEM como alguns propõem. Sabemos que muitos casos de menores infratores quando encaminhados à FEBEM festejam o fato. Entraram para a Universidade do Crime, um poder paralelo, parte da perversão de nosso sistema, mas muito presente em nosso cotidiano.
Não estou em defesa do ato criminoso. Uma análise profunda de nossa atual conjuntura me parece algo racional assim como nossa responsabilidade pela sociedade em que vivemos me parece o começo de alguma mudança. Apontar o dedo para o outro é desviar a atenção de nossa responsabilidade na história.

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sábado, 27 de outubro de 2007

[Perg/Resp] Tratamento Psicológico Gratuito

Psicólogo Gratuito??
Você saberia me informar onde poderia fazer tratamento psicológico gratuito aqui no RJ? Estou com Síndrome do Pânico e Depressão. Não consigo parar de pensar que sou incompetente no meu trabalho e tenho vergonha de mim como profissional, apesar de que antes de ficar com depressão, sempre fui um excelente funcionário.
Anônimo.
 
Procure em universidades que tenham o curso de Psicologia. É obrigatório por lei que eles ofereçam esse serviço gratuitamente, sendo que o atendimento será feito por alunos de último ano de curso. Esse serviço é geralmente supervisionado por profissionais da área clínica da referida universidade.
Atualmente existe pelo SUS a possibilidade de atendimento. Porém além de muito difícil  uma vaga, existe uma restrição quanto ao número de sessões, o que dificulta uma evolução e melhora rápidas. (dado atualizado de acordo com minha amiga Paula Calixto em seu comentário abaixo)
Fora isso acho que será difícil conseguir, uma vez que o Código de Ética da profissão proíbe atendimentos gratuitos e/ou com valor símbólico (muito inferior à realidade do mercado profissional da região).
Boa sorte!

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[Perg/Resp] Descobri um filho dele de 12 anos com outra *

Ele tem um filho de 12 anos c/ outra
Sou casada há 24 anos, duas filhas casadas (24 e 21) e uma de 18. Desde solteiro ele me traía. Depois teve casos com várias alunas e com a babá de minhas filhas. Então resolvi me mudar para o Rio (há 16 anos). Como prometeu mudar viemos todos, mas em fev/2006 descobri que meu marido é pai de um menino de 12 anos. Ele parou de pagar pensão ao menino (um ‘cala boca’ a ela, na verdade) que o levou à justiça e a intimação judicial veio parar em minhas mãos. Vivo minha vida ao lado de um homem que não conversa e só me humilha, pois paga as contas. Vivo um sentimento de invalidez e não consigo mais sonhar ou sorrir. Não sei o que é ser amada nem tenho mais vontade de viver. Sinto-me destruída e usada por um homem que só queria sexo e nunca me amou.
Miriam, 44, RJ.

Pelas minhas contas, você se casou com 20 anos e logo em seguida teve a primeira filha. No seu relato descreve as traições dele ainda namorados, e assim mesmo persistiu, acreditando que ele fosse mudar. O perdão de uma traição é algo de foro estritamente pessoal. Mas ele não parou, e com as filhas ainda pequenas continuou. Que amor é esse que você sentia (ou ainda sente) por ele que não fez algo para mudar? Com um currículo vasto em matéria de infidelidade surpreende você ir engolindo, engolindo... A troco de quê será? Medo de ficar sozinha com as filhas? (???)
Está clara a relação de dependência que você desde jovem aceitou, e talvez não tenha conseguido avaliar com ponderação os custos e os benefícios dessa relação a você.
A descoberta do filho de 12 anos foi o que você pode testemunhar. E o que não pode? Dá pra fazer alguma idéia? Bem, a julgar pelo que você coloca, ele fez bem mais do que você pensa que fez. Tudo isso me leva a pensar qual teria sido o motivo, pois até o amor uma hora dá um grito. Mas não, você passivamente aceitou tudo. As conseqüências chegam e às vezes chegam quando nada mais se pode fazer.
Somos todos responsáveis por tudo o que nos acontece. Podemos decidir diferente, dar novo rumo em nossas vidas, isso podemos. O que não dá é tomar uma decisão e depois nos queixarmos pelas conseqüências, tomar uma atitude (ser passivo é uma atitude também) e depois chorar. Desculpe-me se pareço duro, mas é uma lei física: “a toda ação corresponde uma reação”.
Olhe para frente, recomece a cada dia. O sol não cansa de raiar toda manhã!

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