terça-feira, 30 de setembro de 2008

0026 [ARTIGO] ALCOOLISMO (VII) - ESTATÍSTICAS

ALCOOLISMO (VII) – ESTATÍSTICAS

O GREA (Grupo Interdisciplinar de Estudo contra Álcool e Outras Drogas) tem seu foco no álcool pelas estatísticas assustadoras que do mesmo resultam. Vejamos algumas delas.
Enquanto que 15% da população brasileira são afetados pela droga, em outros países são de 12% a 13%. No Brasil 7,3% do PIB anual é aplicado para problemas decorrentes do álcool (internações, tratamentos, medicamentos, etc.). O movimento gerado pela indústria do álcool no país é de 3,5%. Isso quer dizer que gastamos mais que o dobro para sanar seus problemas do que a indústria dele é capaz de faturar.
O Brasil é o 5º maior produtor de cerveja, porém a AmBev está como a 3ª maior no mundo, com um total de 35 milhões de cervejas engarrafadas ao dia, repito, ao dia! 45% dos jovens (13 a 19 anos) se envolvem em acidentes como decorrência do álcool, e 65% dos acidentes fatais em São Paulo têm o motorista embriagado.
Para o especialista Arthur Guerra de Andrade, o coma alcoólico é a ante-sala da morte. O que favorece o alcoolismo no Brasil, em sua opinião, é a cultura nacional, em que a cerveja é aceita como bebida tradicional. “Você bebe no frio para esquentar e no calor para esfriar”, diz ele. O brasileiro sai para beber, é uma característica nossa. A idade para iniciação está cada vez menor, atualmente perto dos 13 anos. Fatores genéticos devem ser considerados para a instalação da dependência.

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0026 [INTERATIVO] Ela me rejeitou então criei um personagem virtual

Estou envolvida com uma colega, mas não consigo aceitar a sua rejeição. Criei uma personagem virtual e já recebi fotos, arquivos lindos, mas não sabe que sou eu. Às vezes acho que sabe e mantém a comunicação. Se não me comunico, ela envia email. Tenho evitado me comunicar com ela. Sei que preciso terminar com esta situação, esse tipo de contato é falso, não é real, não satisfaz.
Célia, 45.

O fato de ela manter a comunicação com você não representa um interesse da parte dela na sua pessoa tal como você é, que como bem disse, ela desconhece. Fica fácil para ela criar uma personagem também, assim como fez. Ao assim proceder não percebe que tanto você quanto ela estão vivendo um faz-de-conta, onde cada uma fantasia a outra. Ainda que já tenha tido algum contato com ela, mesmo significativo – não engole a rejeição – isso não quer dizer que a conheça. Não houve tempo suficiente para essa possibilidade. É baseada nisso que nossas fantasias ganham todo vigor que o virtual proporciona. Nessa idealização foge de olhar pra si, e esconde você mesma dela. Pergunta: onde há lucro nisso? Sua dificuldade em aceitar a rejeição dela é que dá origem tanto a seus questionamentos quanto às suas fantasias. E apesar de saber do mundo de mentira que criou, fica auto-induzida a crer numa esperança, já que ela lhe procura. Ela está à procura da fantasia criada. Mas você é essa fantasia? Esconde-se de quem?
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

0025 [ARTIGO] ALCOOLISMO (VI) - SÍND. DE ABSTINÊNCIA

ALCOOLISMO (VI) - SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA

Para a OMS a dependência é uma decorrência do uso e abuso de substâncias psicoativas. Na luta contra a droga o sujeito passa pela ‘síndrome de abstinência’ que surge na sua supressão através de um conjunto de sintomas.
Após o organismo se defender da droga, criando mecanismos considerando-a no seu funcionamento, não é difícil imaginar que alguns desconfortos surjam com sua supressão.
O sujeito enfrenta mal-estar, sofrimento mental e físico que varia de acordo com cada tipo de droga (com peculiaridades próprias). O metabolismo fica desajustado e clinicamente revela-se a ausência da substância. A abstinência de álcool e de heroína deixa o sujeito em maior situação de risco se comparado com outras drogas.
No caso de recaída há a reinstalação da síndrome de dependência. Da mesma forma que álcool, solventes e maconha demoram mais tempo para que haja a dependência, libertar-se do uso também é mais difícil. Para o tabaco o tempo é considerado intermediário, enquanto que para o crack e opiáceos em geral o tempo é relativamente curto.
Mesmo quando há longo tempo sem o uso do álcool a reinstalação da dependência é rápida na recaída. Por ser droga lícita é encontrada em todo lugar dificultando a superação da síndrome de abstinência ou controle sobre seu uso, para não falar da estimulação social.
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0025 [INTERATIVO] Ele é dependente químico com 40 anos!

Namoro um dependente químico há cinco anos. Aos 40 anos ainda não se assumiu adulto. Nas três separações voltei com esperanças e amor. Sou co-dependente e me trato quanto a isso. Na última separação tive depressão grave com prejuízos financeiros e profissionais. Ele agora quis ser internado, mas não vejo uma implicação real dele. Dói mais uma separação seguida de promessas e juras de amor, mas que amor é esse?
Rose, 31, SP.

Sabe-se que o dependente químico não é responsável para com a vida. Apesar de ter ciência e cuidar de sua co-dependência vive um amor permeado pela dependência dele. É bom ressaltar que seu namorado pode de fato lhe amar, mas não consegue abandonar a droga. O dependente é prisioneiro de suas emoções. Para que a droga se instale é necessário um terreno fértil, onde os afetos sejam dominados pelo vício.
Acredito que ele tenha propósitos verdadeiros de mudança, mas de força inferior à adicção impedindo-o de se livrar da droga. Mais do que isso, seu namorado vive de forma a sempre buscar meios para satisfazer sua necessidade química, motivo de muito mal-estar na relação.
Infelizmente o histórico de um dependente é um histórico de perdas. Perde dinheiro, saúde, tempo, vida social e até mesmo família ou namorada. Enquanto ele não chegar ao fundo do poço não mudará seus hábitos, e mesmo sem perceber você pode estar dificultando-o chegar nesse ponto.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

0024 [ARTIGO] ALCOOLISMO (V) - SINTOMAS

ALCOOLISMO (V) - SINTOMAS

Ao se falar em alcoolismo devem-se considerar alguns dados recorrentes na personalidade do alcoolista: auto-estima baixa, insegurança, danos psicológicos sérios (modelos paternos inadequados – pais alcoolistas, drogaditos, ausentes, etc.). Alguns sintomas recorrentes. O alcoolista bebe:
@ Para poder dormir;
@ Para aliviar tensão, desconforto físico ou psicológico;
@ Antes de um evento social para se sentir a vontade;
@ Freqüentemente;
@ Deseja sentir-se alto e assim ficar;
@ Necessita de bebida a certas horas do dia;
@ Sente vontade de beber a noite antecipadamente;
@ Ingere além do razoável socialmente;
@ Desaponta-se se não há bebidas numa festa, restaurante;
@ Indigna-se com críticas sobre seu hábito de beber;
@ Exibe comportamento paranóico --> “conspiração”;
@ Não nota a dependência (familiares notam antes);
@ Culpa-se pelo vício --> irritação e agressividade;
@ Defende-se por beber em excesso;
@ Não se recorda de nada no dia seguinte --> blackouts;
@ Repete que está abandonando o álcool;
@ Esconde sua dependência do álcool;
@ Não admite sua dependência do álcool;
@ Depressão, ciúmes, mágoas;

Apesar de todas as evidências contrárias o alcoolista nega sua dependência e ainda reforça que só bebe quando quer e detém controle sobre a droga, sem nunca admitir sua impotência perante o álcool, o que é um dos principais sintomas.

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0024 [INTERATIVO] Vida profissional ou amorosa?

Sempre pedi a Deus um ótimo emprego e um amor verdadeiro. Fui contratada na minha área na empresa que todos querem trabalhar. Meu amor fala que pra onde a gente for eu vou concluir a formação, mas ele saiu do emprego pelas oportunidades em outras cidades (sempre disse que isso um dia aconteceria). Será nosso segundo casamento e queremos construir uma família de verdade com nossos filhos. Agora não sei se vou com ele ou sigo minha carreira profissional. Estou com medo!
Silvia.

Se ainda nem concluiu seu curso, como está com tantos planos de mudança? A graduação é essencial e acima de tudo racional. Dois fatos de naturezas diferentes (racional x emocional), mas você está cruzando as linhas. É necessário dar conta da vida, mesmo que isso custe algum sacrifício ainda que parcial. No seu caso isso deveria nortear suas ações. Mas como o coração está falando muito forte, fica contaminada com a idéia. Veja que seu marido não está deixando o real da vida de lado, não é?
O emprego promissor deixa uma questão a ser resolvida em outro momento. Quando já estiver formada as coisas estarão de outra maneira e só então poderá decidir com os dados do momento. Quem sofre por antecipação sofre pelo menos duas vezes, e pior ainda, a sob a imaginação. Ter conseguido o que tanto desejou gera mesmo muito medo. Tudo que se deseja muito assusta quando prestes a ocorrer.
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

0023 [ARTIGO] ALCOOLISMO (IV) - SINAIS DE DEPENDÊNCIA

ALCOOLISMO (IV) - SINAIS DE DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL


Já falamos sobre alguns sinais de dependência. Mas é necessário que a manifestação de pelo menos três dos sintomas abaixo ocorra dentro de 12 meses para se falar em dependência:
· O individuo persiste, apesar dos danos;
· O consumo se dá em locais não propícios, a qualquer hora, sem motivo especial, etc.;
· Negligência progressiva de outros prazeres e interesses;
· Reinstala-se o quadro rapidamente com o retorno de seu uso;
· Estreita-se o repertório pessoal de consumo;
· Há compulsão no consumo;
· O sujeito tem consciência da dificuldade de seu controle;
· O álcool é usado para se evitar a síndrome de abstinência;
· Ele tem consciência da estratégia;
· Aparecem estados fisiológicos de abstinência;
· Efeito tolerância (mais álcool = mesmo efeito);
O beber pode também se caracterizar como social, abusivo ou dependente, ocorrendo no último a perda da capacidade de controle sobre a bebida, incapacidade de manter o consumo planejado, excesso na frequência e quantidade de uso, além dos conhecidos problemas profissionais, familiares, sociais, etc.
Três elementos interagem favorecendo a dependência: a substância psicoativa (química), a personalidade do sujeito e o contexto em que este se encontra (de natureza sócio-cultural, dinâmica e polimorfa). A força da intensidade da interação entre esses três elementos (produto x indivíduo x meio) determinará a força da dependência.


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0023 [INTERATIVO] Ele tinha outra família - Coração Partido!

Meu ex-marido começou a me tratar muito mal e logo descobri que ele tinha outra família. Quando confirmei isso ele disse ‘estou indo morar com o amor da minha vida’. Fiquei péssima. Apesar de estar separada há três anos, bem profissionalmente, afetivamente, etc., sempre que preciso falar com ele fico mal. Se eu preciso discutir pontos de vista com alguém me sinto bloqueada e mal por horas.
Marisa.

Que ele tenha escolhido a outra até se compreende, mas porque feri-la com ‘estou indo morar com o amor da minha vida’? O que o levou a falar assim agressivamente? Ou sua intenção era magoá-la ou você está se identificando com o papel de vítima. Ou ambos, sei lá!
Não é possível dizer o que a leva a esse bloqueio sem estar em tratamento. Tudo indica uma associação com o episódio, mas há mais coisas a serem reveladas. Mesmo porque ainda fica incomodada ao falar com ele. Você associa sua dificuldade em discutir pontos de vista a esse episódio? Parece-me que sim, pois essa queixa aparece na sequencia, percebe? Você estaria vivendo uma reprodução das diferenças entre você e seu marido? Diferenças que apareceram na infidelidade dele? A dificuldade de expor seus pontos de vista surgiu após esse fato ou não? Pode ser que esteja revivendo os sentimentos ocorridos na traição. Facilmente misturamos emoção e razão. Mesmo que racionalmente saiba que são apenas idéias divergentes, o bloqueio surge!
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terça-feira, 2 de setembro de 2008

0022 [ARTIGO] ALCOOLISMO (III) - COMO SE FICA DEPENDENTE?

ALCOOLISMO (III) - COMO SE FICA DEPENDENTE?

Como sabemos quando o sujeito é dependente? Para responder essa pergunta são necessários alguns parâmetros. Só podemos falar em dependência química se considerarmos que antes do físico do indivíduo necessitar da química, houve uma fase de aproximação – dependência psicológica – sem a qual não há qualquer tipo de adicção. Ela prepara o terreno para a dependência propriamente dita.
Alguns indicadores nos dizem se o sujeito chegou nesse ponto: o organismo necessita do álcool, funcionando mal sem ele. É uma defesa física chamada ‘efeito tolerância’. Outro indicador é quando há a remoção do álcool, e o surgimento de sintomas caracterizando a síndrome de
abstinência. A ausência da química pode provocar tremores, alucinações, ataques epilépticos da abstinência alcoólica chegando até ocorrências de delirium tremens. Quaisquer dos sintomas citados surgem no prazo máximo de 24h de abstinência. Não há como negar a dependência, e mesmo assim ele nega.
O efeito tolerância mencionado caracteriza-se por uma reação do organismo à droga. Na medida em que a dependência é maior, o organismo necessita de mais álcool também para produzir o mesmo prazer num efeito ‘bola de neve’. O risco de overdose aumenta com a possibilidade de se ingerir drogas menos adulteradas na mesma proporção das já habituais. E o sujeito ainda se acha controlando a situação!

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0022 [INTERATIVO] Curso de Psicologia on-line é uma boa?

A modernidade e a tecnologia despertaram-me a vontade de estudar Psicologia, talvez a profissão mais atual. Quando a cabeça entra em colapso recorre-se aos profissionais, assim como ao técnico de informática para problemas do computador. Uma sociedade complexa necessita de adaptações. Com a facilidade de cursos universitários on-line resolvi tentar. Estou certa ou apenas impressionada pela mídia?
Dóris.

A tendência da sociedade realmente é para um incremento na demanda de saúde mental pelos motivos já expostos. Há novos paradigmas sociais abrindo espaços para novos sintomas. Urge um novo olhar. Uma grande responsável por essa mudança é a globalização, outra é a entrada da mulher no mercado. Refiro-me às suas consequências (perda na relação mãe-filho que agora é educado pelas escolas infantis). Os jovens de 20 e poucos de hoje foram educados assim.
Surgem a depressão, síndromes diversas, distúrbios alimentares, etc. O uso e abuso de drogas é qualitativamente diferente de quando tínhamos ideais que nos norteavam na vida. A sociedade perdeu a referência paterna, perdeu o norte.
Cursos online não se comparam aos tradicionais, mas é uma alternativa para algumas situações, mas em seu caso acho muito interessante. Mantém-se ativa, atualiza-se e realiza um sonho, já que mantém um ‘namoro’ com a Psicologia há algum tempo. O que será que se esconde nesse desejo? Já se perguntou isso?
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