quinta-feira, 5 de maio de 2011

A menina que calou o mundo em 5 minutos

0082 [Artigo] Ato Médico - Um Golpe na Saúde (I)


Ato Médico - Um Golpe na Saúde (I)

O Ato Médico é reserva de mercado
Desde 2002 tramita no legislativo nacional o PL (Projeto de Lei) 25/2002 denominado ‘Ato Médico’, de autoria do ex-senador Geraldo Althoff (PFL/SC – médico pediatra). Nesses últimos nove anos ele tem sofrido mudanças decorrentes de reações contrárias de doze das catorze profissões da saúde que atingidas, se posicionam contra: Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia). Comumente chamados de profissionais da saúde ‘não-médicos’, tais categorias têm lutado esse tempo para fazer valer o que de lei lhe é de direito dentro de sua competência específica. O Ato Médico vem impor uma verticalização dos serviços de saúde na medida em que os subordina a uma subcategoria técnica e coloca a medicina como representante única e legítima da saúde.
Reproduzo trecho de e-mail que recebi do Deputado Federal Chico Alencar (PSOL/RJ):

“Definir como atividades privativas dos médicos todo e qualquer diagnóstico de disfunção que acometa o ser humano, e as respectivas prescrições terapêuticas, é restritivo e negador da multidisciplinaridade. Pode representar um retrocesso, uma espécie de reserva de mercado. O compreensível corporativismo das categorias profissionais, se demasiado, afeta o interesse público.”

Se você é contra o Ato Médico, vote no site: www.atomediconao.com.br
É rápido, é fácil, é cidadania!
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0082 [Perg/Resp] Amiga apaixonada por um mulherengo


Amiga apaixonada por mulherengo
Minha amiga ama muito um cara que namora. Ele diz que gosta dela, mas continua com a outra. Ela passa os finais de semana sozinha, se priva de tudo, quer terminar, mas quando o vê o deseja e o quer por toda vida. Ainda diz que é mulherengo, mas por mais que tente sofre longe dele. Sabe que ele passa as noites com a namorada e durante o dia o beija e transa. Diz que sem ele é pior. O que faço pra ela cair na real?
Nina.

Parece-me que a angústia em questão seja mais sua que de sua amiga. Afinal é você quem se dirige a mim. Ainda que sua amiga demonstre sinais de sofrimento, sua angústia certamente tem mais elementos imaginários seus que dados reais da situação em si. Como não está diretamente envolvida no relacionamento sua análise tende a ser racional desconsiderando os aspectos subjetivos do envolvimento. Da mesma forma, sua amiga avalia subjetivamente comprometendo aspectos racionais e seus desdobramentos.
As forças que regem as ações de sua amiga são mais fortes que ela, e ao contrário do que acreditamos, somos sempre regidos por forças que além de desconhecidas nossas, são poderosamente maiores que nosso intelecto.
Ela sabe ao que se sujeita em nome desse sentimento, mesmo sofrendo prejuízos afetivos. Como pessoa diretamente envolvida avalia considerando os prós e contras para ela, cabendo-lhe apenas lhe oferecer seu ombro amigo. “Em briga de marido e mulher...”, conhece?

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

0081 [Artigo] Adolescente x Família Moderna (II)


Adolescente X Família Moderna (II)
Pais e educadores: perdidos c/a globalização
Pais e educadores em geral se encontram perdidos na educação na era globalizada. A educação passa inevitavelmente por recortes que os limites dão à criança. Ela precisa de pais presentes, família estruturada, modelos de autoridade cuja fala represente a ação coerentemente para se espelhar e formar sua personalidade.
Os pais estão mergulhados em um universo de complexos infantis e reproduzem-nos na educação dos filhos. Iludem-se na crença de que a melhor educação é evitar frustrações a eles e não medem esforços para agradarem-nos. Assim impedem-nos de descobrirem a realidade, o valor dos afetos e do capital. Sem tais limites eles vão buscá-los fora de casa. Violência juvenil, drogadicção, alcoolismo, formação de grupos delinqüentes, desafio de autoridades instituídas (professores, diretores, autoridades civis, militares, etc.), prostituição infantil. Na mesma linha aparece o fracasso escolar como sintoma da família moderna.
Em certa ocasião escrevi que esportes radicais podem surgir na linha fronteiriça entre possível/impossível para o jovem, assim como as drogas entre vida/morte. Os esportes radicais acabaram de surgir historicamente, mas é, em alguns casos, muito mais que uma nova modalidade esportiva. Constituem-se como elementos norteadores. O jovem descobre até que ponto pode ir sem riscos e apartir de que ponto o risco se faz presente.
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0081 [Perg/Resp] Gosto dela mas não sei se é amor


Grávida do ex-namorado, usuário de drogas
Retomei um namoro da infância (10/12 anos) e em pouco tempo estávamos íntimos. Ela havia se separado há quatro meses. O ex é usuário de drogas e tentou me matar. Mudei-me com ela para longe sem registrar queixa policial. Já retornamos sem riscos, mas ela está grávida dele e ele só quer os direitos de pai.
Não sei se o que sinto é amor, compaixão, pena. Não tem quem a socorra, grávida, morando em casa com minha mãe. Desejo vê-la feliz, mas não acho que seja comigo e me sinto responsável por ela. Tentei terminar, mas a vi fragilizada e sem rumo. Não me contive e reatamos. Estou confuso e contra a parede.
Airton, 19.

Porque se sente responsável pelos tropeços da vida dela? Que participação teve nas decisões que ela tomou na vida? A culpa e/ou responsabilidade que carrega estão intimamente associadas ao grau de envolvimento com ela, a contar da infância. Na mesma esteira aparecem indícios de sua relação com a função paterna (pais) calcada na culpa.
Após a tentativa de homicídio foge levando-a consigo demonstrando uma atitude paternal, de zelo. Estou buscando uma nomeação possível ao seu gesto que se repete ao tentar romper o relacionamento. O recuo da decisão se funda em sentimentos de culpa, indo de encontro com seu desejo.
A tendência é reproduzir com ela o tipo de relação que um dia aprendeu – possivelmente com as figuras paternas – agora no lugar de protetor, mas também se julgando com direitos nem sempre seus.
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0080 [Artigo] Adolescente x Família Moderna (I)

ADOLESCENTE X FAMÍLIA MODERNA (I)

Nossos pais liam estórias para dormirmos, dedicavam tempo e atenção como recompensa pela obediência aos limites e normas colocados. Nos anos 80 a mulher entra no mercado de trabalho, os pais saem de circulação e a criança passa absorver o que TV transmite. Na seqüência surgem ataris video-games, playstations etc. Na atualidade é a internet. Se paga para subtrair a qualidade da relação criança/mundo. Depois se mobiliza para reduzir da idade penal, atacando o mal pela mandioca.
histórias x televisão/máquinas
Outra característica da família moderna é a inversão de papéis, onde o adolescente aparece cada vez mais onipotente, manipulando pais. Percebem a base da família frágil (pai – mãe). São pequenos tiranos que tomam atitudes irresponsáveis num terreno de permissividade e falta de limites supondo desfrutar uma suposta liberdade.
Quem decide e não responde pelas decisões é tirano. Quem responde sem participar das decisões é o escravo. A cidadania encontra-se no eixo responsabilidade – liberdade. Quanto maior nossa responsabilidade, mais livres nos tornamos.
Pais estão escravos dos filhos, mas tem uma cumplicidade nessa inversão de papéis. Sem respondermos pelos nossos atos não alcançamos a liberdade, e culpamos os outros (marido, mulher, filhos, etc.) por nossa infelicidade.
Liberdade não é fazer o que queremos. Para Miguel Reale Jr. “o preço da liberdade é o eterno delito”. 
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0080 [Perg/Resp] Filha de 12 anos agressiva e desobediente


O quarto dela é sempre bagunçado
Minha filha de 12 anos de repente ficou ‘respondona’, impaciente e nada está bom. Ameaça sumir de casa e se cobramos as tarefas faz com agressividade descontrolada. O quarto sempre desarrumado, (roupas jogadas no chão e na cama). Tenho tido muita paciência, mas estou perdida e muito decepcionada. Tenho chorado muito, preciso de ajuda profissional. Temo que ela possa estar pensando em fazer alguma coisa. Quando a pergunto se está com algum problema diz “sei lá, acho que preciso de um psicólogo”.
Silvia.

Da forma como relata, ela está lhe mobilizando emocionalmente. Uma pré-adolescente de 12 anos ameaça a mãe de sumir e a mãe teme isso? A coisa mais comum nessa idade é rebelar-se contra as gerações precedentes. Por mais estranho que pareça isso é necessário quando se inicia um processo de transição, mas as coisas parecem ter tomado outro rumo. Ela não apenas quer encontrar seu lugar no mundo, mas está com domínio da situação.
O que lhe faz crer que ela tenha essa autonomia com 12 anos? É tão comum em adolescentes esses repentes, mas voltam sempre bem mais humildes. O fato é que ela lhe assalta pelas emoções e você não raciocina. Sem dúvida precisa resgatar o domínio da situação, mas se não o consegue por si, terá que procurar ajuda profissional. Ou você é a mãe que dá a ela os limites necessários, ou ela vai impor o ritmo das coisas.
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