segunda-feira, 25 de agosto de 2008

0021 [ARTIGO] ALCOOLISMO (II) - EFEITOS E FASES

ALCOOLISMO (II) – EFEITOS E FASES

Com a categorização do alcoolismo como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde) alguns dados são relevantes. Embora variem com a massa corpórea são estatisticamente válidos como parâmetro.
Duas latas de cerveja ou duas doses de destilados deixam aproximadamente 0,6g de álcool por litro de sangue, aumentando em 50% o risco de acidentes de trânsito. Como seu efeito é exponencial, com menos de três latas (0,8g de álcool/litro de sangue) o risco aumenta quatro vezes (400%). Para que seu organismo contenha 1,5g de álcool por litro de sangue bastam cinco latas, ou cinco doses destiladas. Isso o deixará 25 vezes mais vulnerável aos acidentes.
Com bem retratadas em seus nomes, há três fases conhecidas no alcoolista: fase do macaco, do leão e do porco. A primeira fase caracteriza-se por uma desinibição. O sujeito fica o tipo alegre, fanfarrão, não sendo isso uma marca de sua personalidade e tal como um macaco provoca risos. A fase leão se caracteriza pela agressividade. Ele se torna valentão, agride as pessoas, pois perde boa noção de seus valores morais, chegando a se surpreender pelo que fez, no dia seguinte. E por fim a pior: a fase porco. Há perda das funções fisiológicas, e o indivíduo não toma qualquer medida higiênica como ir ao banheiro. Borra-se todo onde quer que esteja. Denota a degradação a que o álcool conduz.
Fonte:
http://www.alcoolismo.com.br/

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

0021 [INTERATIVO] Fui traída agora tenho medo de chegar junto!

Fiquei casada cinco anos. Ele que era um ano mais novo e muito amável mudou repentinamente. Chegou com batom na blusa e eu saí de casa. Depois disso sempre ficava mal após conversar no MSN. Fiquei sabendo que me traía muito e fazia questão de contar a todos. Casou no civil e no religioso dois meses depois. Após um ano emagreci 25 kg, melhorei minha auto-estima, mas mesmo interessada em uma pessoa tenho medo de chegar junto. Seria trauma?
Célia – Cristalina/GO, 25.

Você deveria ter uns 18 anos, não? E ele mais novo! O que se sabe da vida nessa idade? Bem, casaram-se. Mas um casamento necessita de um projeto de vida juntos, de mentes maduras, preparadas para as tempestades que dele advém.
A passionalidade que caracteriza essa fase não nos permite uma avaliação precisa da realidade e as coisas aconteceram imatura e prematuramente tendo como decorrência sucessivas traições. O sonho do casamento dourado naufragou e se você permitir, novas possibilidades também. Se a cada nova tentativa de envolvimento suas experiências de traições se aflorarem terá sua vida afetiva congelada nessa história. Percebe-se em sua descrição que acompanha a vida dele meio a distância, denotando a não ruptura de seus afetos.
Mas não se pode associar esse medo de chegar junto a essa experiência ruim. Todos, de alguma forma temos esse medo, o de sermos rejeitados, reprovados por quem desejamos. Talvez tenha algo com sua obesidade.
Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

0020 [ARTIGO] ALCOOLISMO (I) - HISTÓRIA

ALCOOLISMO (I) - HISTÓRIA

Registros arqueológicos indicam o consumo de álcool pelo ser humano há aproximadamente 8.000 anos. A cerveja e o vinho, como sabemos, passam pela fermentação. Foi só na Idade Média que os árabes desenvolveram o processo de destilação, e esses passaram a ser usados para alívio de dor. A palavra Whisky (do gálico ‘usquebaugh’) significa ‘água da vida’.
Com o advento da Revolução Industrial o álcool passa a ser produzido em larga escala, e começam a surgir problemas de trabalho decorrentes de seu uso e abuso chamando a atenção de estudiosos. Em 1953 o Expert Comittee on Alcohol categoriza o álcool como droga intermediária (entre as causadoras de dependência e as formadoras de hábito), mas é em 1967 que a OMS incorpora o alcoolismo ao CID-8 (Classificação Estatística Internacional de Doenças na 8ª Conferência Mundial de Saúde).
Com esse rápido histórico temos o pano de fundo para se pensar o álcool como droga potencialmente destrutiva. As datas e decisões demonstram sua gradual categorização como droga pelo surgimento dos problemas no trabalho.
Hoje ele é veiculado na mídia sem grandes problemas. Ironicamente, eventos esportivos são patrocinados por empresas de bebidas alcoólicas (patrocínios só permitidos às grandes corporações). Sendo uma droga lícita a dificuldade em se combatê-la é maior e a recuperação do dependente também fica dificultada.
Fonte: www.alcoolismo.com.br
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0020 [INTERATIVO] Milha filha adotiva me dá um trabalhão!

Tenho uma filha adotiva que sempre me deu muito trabalho. Roubou um cartão de um parente pra gastar com roupas e presentes caros e quando perguntei se não tinha vergonha disse: “e eu com isso?” Quando bati nela meu marido me agrediu em sua frente, mas bateu no menino quando era pequeno. Ele a superprotege. Em duas situações me agrediu compensando-a com bens materiais, liberdade, levando-a para casa de parentes ricos. Depois voltou arrependido, pedindo pra perdoar e esquecer.

Está clara sua competição com sua filha, mas é aliada de seu filho muito embora argumente racionalmente os dois pesos e duas medidas das palmadas do pai. Ao contrário do que possa parecer, seu problema não é com ela. Há uma fissura em seu casamento: Pai e mãe não falam a mesma língua, e isso é uma enorme brecha para os filhos inverterem os papéis. Você é o escudo de seu filho contra o pai e seu marido é para sua filha. Até aí nada de surpreendente.Mas ao contrário do que parece, sua raiva é um deslocamento da raiva por seu marido, vendo-o como aliado dela. É claro que ele está errando na superproteção. Mais do que isso, vocês precisam rever juntos o rompimento provocado pelas brigas que cada um comprou em nome dos filhos. A consciência do erro é um bom começo, mas não é suficiente. Será necessário muito esforço, tolerância e paciência de ambos para vencerem a manipulação dos filhos.
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terça-feira, 12 de agosto de 2008

0019 [ARTIGO] UM FRACASSO CULTURAL

UM FRACASSO CULTURAL

No último dia 06 entrou no ar pelo site www.saocarlosagora.com.br o assassinato de um gerente financeiro. A descrição da notícia impressiona pela frieza da ação dos marginais. Motivo: ele havia sacado $ 6 mil de um banco. Com uma moto abordaram-no e fugiram com parte do dinheiro.
Mas meu foco não é o ato imoral e/ou criminal. Procuro em Freud uma análise das raízes da violência. Ele dizia que quando uma cultura só sobrevive quando uma parte de seus integrantes depende da opressão da outra parte impedindo-a de participar efetivamente de seus bens de consumo, ela “não tem nem mesmo a perspectiva de uma existência duradoura (...) as pessoas assim oprimidas desenvolvem uma íntima hostilidade para com sua cultura (...)” (1927).
De um crime hediondo a um ato aparentemente irrelevante há inúmeros graus de infração dos quais todos participamos. A lei é a fronteira para os limites penais, não reduzindo nossa responsabilidade moral. E tal como na passagem citada, aquele que se sente excluído, não pertencente à sua comunidade, vai procurar meios ilícitos de se satisfazer.
As desigualdades sociais se apresentando a todo instante ao sujeito, diferentes oportunidades de ascensão, diferentes esferas de poder são elementos que uma hora o levará à infração.
Como bem nos ensina Pitágoras: “Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”

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0019 [INTERATIVO] Louco de Paixão, mas ela brincou com meus sentimentos

Por que amamos algumas pessoas mais que a nós mesmos? Fazem da nossa vida a coisa mais extraordinária de Deus, não sabemos se um esplendoroso nascer do sol é mais belo que seu sono encolhido como que protegida no ventre por estar ali com você? E só depois percebemos que aquele ser brincou de lhe amar e nos vemos iludidos pelos sentimentos. Como fugir da dor da cama vazia sentindo que o sol agora é o único que brilha no amanhecer?
Júnior.

A beleza bem retratada de sua paixão é a expressão projetiva de sua mente. Todo apaixonado idealiza tanto o outro que não se dá conta da enorme responsabilidade que joga nas suas costas por seu infortúnio. A paixão, caracterizada pela falta de razão, é exclusiva do apaixonado não necessitando ser correspondido para existir.
Qual representação tem essa pessoa que ama para ir além do amor ao seu próprio eu? Quem é mais importante a você senão você mesmo? A paixão facilmente nos subordina aos desejos do outro. E seus próprios desejos onde ficam? De que forma eles ficam marcados senão inferiormente, de menor importância, o que é um grave erro?
A pessoa apaixonada recusa a verdade, nega o real. Mas uma hora a ficha cai. E ainda assim não percebe que o único responsável por seus sentimentos é ela (a pessoa), patrocinado pela típica irracionalidade.
A mudança de percepção do brilho do sol já representa um enfrentamento de sua dor, diferente de fugir dela.
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terça-feira, 5 de agosto de 2008

0018 [ARTIGO] DEPENDÊNCIA QUÍMICA E CO-DEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIA QUÍMICA E CO-DEPENDÊNCIA

Quando tratamos desse assunto sempre nos focamos no dependente. Mas é importante falarmos daquele que vive na dependência dos fatos que se sucedem ao dependente propriamente dito. Em geral são pais e familiares mais diretamente.
Até que o sujeito se torne um dependente químico ocorre um processo de enamoramento. Uma curiosidade, aproximação de usuários, e enfim o uso e abuso. A indução por seu grupo também pode levá-lo às drogas lícitas (álcool e tabaco) ou ilícitas.
Quero falar do co-dependente, pois na batalha contra as drogas (com internação, grupos de apoio, ou ajuda profissional), os familiares, também adoecidos carecem de tratamento, pois o ambiente é peça chave na recuperação. Se após sua internação ele voltar para seu lar adoecido, recairá rapidamente com poucas chances de se recuperar. As relações familiares estarão inconscientemente estacionadas naquele nível patológico, co-dependente, todos sem noção de como agirem.
A cumplicidade necessária para a co-dependência necessita sofrer urgente revisão para acolher aquela pessoa renovada na internação, e muitos lares não buscam ajuda a si mesmos. A isso se deve grande responsabilidade das baixas estatísticas de recuperação de adictos.
A dependência é uma doença progressiva, incurável e fatal. Atinge o físico, o emocional e o espiritual. E a família não escapa disso.

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0018 [INTERATIVO] Não sei qual era a dela!!

Comecei uma amizade pelo Orkut com uma mulher seis anos mais velha. Depois de alguns encontros me vi apaixonado. Apesar de meu empenho para dar certo ela não se separou do marido, dizendo não ter o apoio da família. Me fez crer que realizaríamos nossos sonhos, que me amava, mas depois mudou muito. Não sei se me amava ou apenas queria vingar-se do marido que havia lhe traído. Seria curtição do momento? Porque não deixou claro desde o começo? Estou confuso, sem saber qual era a dela.
Guto, Curitiba/PR

Parece-me que desde o início você sabia que ela era casada, e mesmo na alegação de uma separação você assumiu os riscos. Na sociedade em que vivemos relacionamentos sem grandes compromissos são muito freqüentes, assim como suas conseqüências. A situação em si já é bastante delicada. Mas há algo também relevante que talvez tenha desconsiderado: o relacionamento iniciou-se virtualmente.
Os inícios tendem a ser carregados de idealizações, mas quando virtuais as idealizações não enfrentam o real do corpo, pelo menos não nas expectativas. Essa ausência do real dá asas à imaginação. Além do mais, mal conhecia a pessoa, e sem muito saber de suas intenções ou caráter você se atirou com tudo. Veja quanta coisa você não considerou como possibilidades de riscos!
Assim como você, também fico sem saber qual era a dela. Mais me inquieta saber qual é a sua. Enquanto o real se enfrenta, o virtual se fantasia.
Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br
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