terça-feira, 2 de dezembro de 2008

0034 [ARTIGO] OBESIDADE (I) - MITOS

OBESIDADE (I) - MITOS

Começaremos a discorrer sobre obesidade a partir dos mitos que pacientes cirúrgicos expressam. Como em todos nós, o obeso forma uma estrutura corporal em sua mente e suas experiências emocionais determinam e são determinadas pela imagem corporal decorrente. Tanto isso é verdade que, mesmo após um tempo relativo à redução do estômago ele continua a se perceber assim, como se seu corpo ainda fosse o mesmo.
A psicóloga Maria Salete Arenales-Loli aponta alguns mitos desses pacientes: o de que seu corpo ficará perfeito (nos padrões da mídia), que ele será emagrecido exclusivamente pela cirurgia, que o paciente não tem implicações pessoais na obesidade, que depois de eliminado o peso estará livre de novo ganho de peso. Para Arenales-Loli o mais pernicioso dos mitos está na crença que o paciente tem de que seus problemas pessoais, sociais e profissionais estarão magicamente sendo resolvidos tão logo emagreça.
Quando eles são levados a refletirem sobre esses mitos passam a ter uma visão mais realista dos ganhos com a cirurgia bariátrica. O não diagnóstico e eliminação dos mitos de cada paciente os levarão a futuros muito frustrantes com a cirurgia.

Fonte: Psi Jornal de Psicologia CRP/SP – nº 157 – set/out, 2008.

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

0034 [INTERATIVO] Estou apaixonada pelo meu psicanalista

Estou loucamente apaixonada pelo meu psicanalista. Declarei-me, ele esboçou um sorriso e disse que amor é bom, que a recíproca é verdadeira, mas nunca aceitou um convite meu! E que se fosse fora do consultório teria rolado, ainda me perguntou por que eu não tentava conquistá-lo. Dei-lhe um perfume e conversávamos semanalmente do exterior por telefone. Falei que estou sofrendo e vou me entregar a outro homem para esquecê-lo, e disse que poderia indicar outro profissional se eu não puder continuar, mas diz que quem entra ali não sai mais. Estou prestes a lascá-lo um beijo na boca dentro do consultório!
Ana, 30.

Muito contundentes algumas afirmações: o desafio da conquista, os telefonemas internacionais, toda a descrição já caracteriza o romance. O que não está claro a mim é o que sua pergunta pretende. Parece que só falta chegar os finalmentes. Seria o motivo de sua angústia? Outra possibilidade é a de poder se posicionar como objeto de desejo daquele que muitas desejam (?). No final da questão você já diz que vai ‘lascá-lo’ um beijo na boca! É interessante que o beijo surge no momento em que você perde o lugar de objeto de desejo dele, indicando-lhe outro profissional.

Causa estranheza ele dizer que ‘fora do consultório teria rolado’. O risco de ele perder o lugar de psicanalista na relação é muito maior que a possibilidade de resultados eficazes.
Porém, ambos são os responsáveis pelas suas ações.
Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br
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