sexta-feira, 12 de novembro de 2010

0054 [Artigo] Esquizofrenia (II) - Preconceitos

Esquizofrenia (II) - Preconceitos

"É mais difícil desintegrar um preconceito do que o átomo” (Einstein)
 
Como é comum nas psicoses, o esquizofrênico tem grande dificuldade em criar uma identidade sexual, típica da fase adulta. Por esse motivo sua vida é atravessada por preconceitos tal como enfrentam homossexuais e prostitutas, cuja sexualidade é vista com ressalvas.
Jacques Lacan, psicanalista francês, disse que ‘todos deliramos’. O que diferencia o delírio psicótico do que apresentamos na vida é a ausência de dúvida. O neurótico duvida, mas o psicótico tem certeza que é Napoleão Bonaparte, por exemplo. O delírio caracterizado pela certeza diferencia-se do fanatismo (religioso, esportivo, vício em jogos, etc.) onde surge um ‘será?’ introduzido pela dimensão do real.
Nem só de realidade vive o homem, por isso desenvolvemos mecanismos de defesa do ego, fugas. Jogos de azar, a famosa cervejinha, novelas, futebol, reality shows são algumas formas de fantasiarmos a vida para suportar o peso do real.
A falta de entendimento do problema leva as pessoas à segregarem o esquizofrênico como um peso morto, dano social, a começar pela família. Temem ser vistos como ‘loucos’, mas não poupam seu familiar. Van Gogh foi diagnosticado, entre outros quadros psiquiátricos, como esquizofrênico, chegando a cortar sua própria orelha, no entanto vemos uma sociedade em erupção de loucuras cometidas pelos ditos normais.

Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

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