terça-feira, 28 de outubro de 2008

0030 [INTERATIVO] Pensamentos homossexuais me perseguem

Eu tinha seis anos e um cara me ofereceu um saco de bolas de gude se eu o deixasse fazer sexo anal. Sempre evitei situações coletivas de nudez temendo o desejo ser despertado, esperava para tomar banho sozinho perseguido por tais pensamentos. Tive só uma namorada, mas não transamos. Pensei em sair com uma garota de programa para ver se gosto, mas nunca fui de medo. Sonho em casar e ter um casal de filhos, mas não sei se realizarei isso.
Daniel, 21.

Esse sonho é o padrão imposto pela cultura. Fica com a sensação que não estando no padrão não pertence ao grupo. Talvez veja nele o ideal que lhe devolverá sua masculinidade. No entanto, tais ideais não respondem mais à sociedade de hoje.
O episódio da infância caracteriza-se como ato de violência psicológica e lhe cabe superar ou não. Essa superação inevitavelmente inclui o enfrentamento da situação, e pela sua descrição sempre fugiu dele. Evitou situações coletivas assim como o encontro com o outro sexo. Tem dificultado sua caminhada pelo temor de uma fantasia. São algumas hipóteses.
Há uma pressão cultural para a identificação coletiva. As ‘vantagens masculinas’ em rodinhas (quase sempre mentiras) questionam sua masculinidade. Fica-me a impressão de que as marcas do passado povoam sua mente e talvez esteja confundindo desejo homossexual com o temor de enfrentar um problema que estancou sua sexualidade. Está faltando ousadia para se enfrentar.
Para enviar perguntas: gobett@tribunatp.com.br

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