SEXUALIDADE E CONSUMO NA TV (II)
Paulo Roberto Ceccarelli*
O difícil e longo processo de “educação pulsional” que permite ao sujeito suportar as exigências impostas pela civilização inicia-se no nascimento. O potencial bio-psíquico do bebê será desenvolvido a partir de suas relações com seus cuidadores e, num segundo momento, pelo grupo mais amplo no qual está inserido: esse grupo é o primeiro representante sócio-cultural ao qual ela terá acesso e do qual extrairá as informações sobre o sistema simbólico da sociedade que pertence e à qual deverá se submeter e inserir seus comportamentos e condutas.
A criança precisa de modelos éticos de seu pais |
A participação de seus cuidadores na construção do sistema de valores ético-morais da cultura em que está inserida é um postulado de base. Entretanto, quando seus responsáveis não lhe oferece referências identificatórias, é provável que ela busque modelos fora do ambiente próximo para sua constituição psíquica. Na falta de referências, a criança pode tomar aquilo que a mídia, em particular a TV, exibe como coordenadas de base.
Em 2000 publiquei um texto em que parto dessas considerações para discutir em que medida aquilo que a mídia veicula pode produzir efeitos perversos para a constituição psíquica.
* Paulo Roberto Ceccarelli é Doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris VII, entre outros títulos de peso.
P a r a e n v i a r p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br
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