sábado, 8 de setembro de 2012

0110 [Artigo] Sexualidade e Consumo na TV (VI)



SEXUALIDADE E CONSUMO NA TV (VI)
Cultura e Tabu
 Por Paulo Roberto Ceccarelli*

A revolução sexual dos anos 60 quebrou tabus
Com a “revolução sexual” dos anos 60 surgiu grande liberdade para se falar sobre sexualidade; houve maior transparência das práticas sexuais (o adolescente leva o/a companheiro/a para passar a noite em casa); casar-se sem ser virgem, ficar grávida sem se casar não causam mais escândalo; relacionamentos homossexuais são assumidos, etc. Pais passam a responder perguntas dos filhos honestamente. Tais assuntos não são mais tabus.
Porém, o contato com o sexual não se tornou mais simples. Com a “desrepressão” não houve um desrecalcamento da sexualidade. Essas duas variantes (repressão e recalcamento sexual) afetam regiões psíquicas diferentes, facilmente tratadas como de mesma ordem.
O sistema de valores sustenta o imaginário social e faz emergir a moral vigente. Esse imaginário constrói-se a partir de um mito de origem da cultura, portanto sócio-histórico. O sistema de valores da cultura ocidental origina-se no imaginário judaico-cristão, onde o discurso ideológico com noções de normalidade e patologia, supostamente naturais e imutáveis, se cria. A Moral sexual civilizada impõe uma sexualidade normativa a todos, ponto em que incidiu a revolução sexual.


* Paulo Roberto Ceccarelli é Doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris VII, entre outros títulos de peso.

P a r a   e n v i a r   p e r g u n t a s : gobett@tribunatp.com.br

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